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Enviada em: 08/08/2019

“Só se pode vencer a natureza obedecendo-lhe”, a frase do filósofo inglês Francis Bacon explicita a importância de se respeitar o ambiente para alcançar os avanços sociais. Não obstante do pensador do século XVI, a citação se faz presente por não haver educação ambiental no contexto hodierno, devido ao cenário industrial em que as produções efêmeras visam ao lucro, além de falta de políticas de conscientização sobre a valorização de um patrimônio público: o próprio meio.        Em primeiro lugar, é fato que as Revoluções tecnológicas e industriais culminaram na acentuação do descaso para com o ambiente, isso porque hoje, com a política do consumo, as pessoas são influenciadas a comprar excessivamente, pregando o ideário do “ter” em detrimento do “ser”. Esse pensamento reflete ao fato de que a criação de órgãos ambientais e leis que abordassem a intervenção humana sobre a natureza fossem criadas, no entanto a ideia só chegou ao Brasil no ano de 1999, com a Política Nacional de Educação Ambiental, enquanto em outros países era-se discutido a partir da década de 70.        Por ser algo recentemente instituído no país, percebe-se que há pouca ou nenhuma reflexão efetiva no ambiente educacional, apesar de existirem investimentos, como os cursos à distância disponibilizados pelo Ministério da Educação que abordam a importância do ensino sobre o meio ambiente, esse recurso é optativo aos professores. Uma vez que não é uma obrigatoriedade abordar a temática em sala de aula, não é preocupação da juventude, havendo um descaso populacional.       Em suma, é possível perceber que os desafios da educação ambiental são reflexos de uma sociedade do consumo, além de uma falta de investimentos na preocupação do ensino de crianças e jovens acerca do tema. Desse modo, mudanças na obrigatoriedade dos cursos disponibilizados pelo MEC sobre o meio ambiente, além de torná-los presenciais, farão com que os professores se responsabilizem pela passagem desse conteúdo. Além disso, é necessário que o Governo promova propagandas midiáticas para fomentar o consumo consciente em detrimento do desperdício exacerbado e do descuido com a natureza. Somente assim haverá mudanças efetivas no pensamento populacional sobre o cuidado com o patrimônio conjunto imaterial, sendo dever de todos explicitar sua devida atenção.