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Enviada em: 26/04/2017

Com a Revolução Industrial do século XVIII e a consequente adoção do modo de produção capitalista surgiu o impasse da preservação da natureza. A mídia constantemente veicula notícias sobre questões relacionadas ao tema, como a elevação da temperatura global e o intenso desmatamento de florestas. Segundo Karl Marx, “a humanidade nunca se coloca problemas que não possa resolver”, sendo assim, pode-se inferir que, apesar das adversidades, é possível que haja respeito aos princípios ecológicos na relação entre o ser humano e o meio. Desse modo, fica evidente que a intensa produção de bens desvinculada de consciência ecológica resulta na escassez de recursos naturais bem como no agravamento de impactos ambientais.      São notórios os efeitos negativos dos processos industriais na natureza. De acordo com o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia, o desmatamento na floresta cresceu em 30% no ano de 2016. Aliado a isso, está o preocupante aquecimento global, resultado da queima de combustíveis fósseis. Segundo a NASA, em uma análise de 2015 a respeito do clima, o planeta está 1ºC mais quente do que na média do século passado, fato extremamente significativo diante de uma perspectiva mundial. Nesse contexto, faz-se necessário debater a respeito dos problemas expostos a fim de garantir a manutenção do meio ambiente como um todo.      Por outro lado, já existem iniciativas sustentáveis por parte de grandes empresas. Tais medidas baseiam-se em um novo modelo de gestão de negócios, a sustentabilidade corporativa, na qual boas práticas de dimensões social e ambiental são prioridades. Organizações de relevância mundial, como Nestlé, Unilever e Walmart, já possuem programas com o objetivo de reduzir o consumo de água, a emissão de gases poluentes e o gasto de energia, dentre outras metas. Nesse viés, depreende-se que é factível conciliar crescimento econômico e mínimo ou nenhum impacto para o meio ambiente, desde que haja interesse dos envolvidos.      Destarte, uma vez que os recursos naturais são a base da própria produção, percebe-se a necessidade do enfrentamento dos desafios decorrentes da coexistência entre o ser humano e o meio em que vive. Para tanto, empresas privadas devem unir-se e criar um departamento de pesquisa com vistas ao desenvolvimento tecnologias eficientes do ponto de vista econômico-ambiental. Paralelo a isso, o governo, em seu papel de executor de políticas públicas, deve ampliar a fiscalização do cumprimento das leis ambientais por meio do estabelecimento de aplicação mais severa de multas visitas surpresas às empresas de todos os portes e áreas de atuação.