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Enviada em: 29/04/2017

José de Alencar e outros autores do romance indianista nos fizeram conhecer e entender a relação do índio com a natureza: subsistência, exploração saudável e freada, cooperação. Esse modo de se utilizar da fauna e da flora, no entanto, não é o mais prevalecente no mundo, já que o homem, desde muito antes de essas histórias serem contadas, tem para si duas únicas palavras-chave: desenvolvimento e lucro. A fim de satisfazer essas necessidades inventadas, viemos explorando, desenfreada e irresponsavelmente, o meio ambiente, sem pensar nas consequências de tais ações.           Em primeiro lugar, é preciso compreender de que maneira ocorre a exploração de bens naturais. Constantemente, se retira  do meio ambiente muito mais do que o necessário, muito mais do que o imprescindível para a vida, isso porque o  modo de viver está intimamente associado ao capitalismo,sistema econômico que visa o lucro e incentiva o consumo. Exemplo disso, são as queimadas e desmatamento da Floresta Amazônica que cresceram cerca de 20% desde 2008 devido à exploração ilegal de madeira e cortes de árvores para formação de pasto somados à falta de investimento para fiscalizar e combater essa extração e sem a preocupação do reflorestamento das áreas devastadas. Essas são, então, explorações totalmente irresponsáveis.       Nada disso, porém, seria tão prejudicial se fosse levado em consideração o consumo sustentável  e o mínimo de preocupação com a prevenção de desastres. Dessa forma,o que falta para o ser humano é  entender que a natureza não é totalmente autorrenovável e que, mesmo se fosse, ela não teria uma força de regeneração diretamente proporcional à  capacidade de degradação. Nesse sentido, a sociedade precisa  extrair menos, de forma consciente, para ajudar esse processo natural e agir ativamente para reparar os danos provocados . Além disso, é necessário que se  tenha discernimento  ao fazer a utilização dos recursos  do meio ambiente, para que verdadeiras tragédias, como o recente rompimento de uma barragem da mineradora Samarco, em Mariana, Minas Gerais, não voltem a acontecer. Isso é possível com um planejamento de prevenção.     Fica evidente, portanto, que o jeito com que o mundo  conduziu  as coisas até agora precisa ser mudado. Já que o caminho mais certo  o de mudar nosso modo de vida e, por consequência, de consumo  é, também, o mais árduo e demorado, deveríamos, pelo menos, nos preocupar com a extração consciente. Para isso, instituições internacionais, como a ONU, deveriam, juntamente a organizações como a União Europeia e os BRICS, pensar em políticas públicas de regulamentação sobre a utilização dos recursos naturais, além de desenvolver medidas punitivas aplicáveis a empresas ou Estados responsáveis por acidentes. A responsabilidade é a palavra-chave que deve ser seguida.