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Enviada em: 24/08/2017

No ideal arcadiano, a natureza era sinônimo de equilíbrio que remetia a simplicidade da vida bucólica. Atualmente, tal relação é sobretudo conturbada. Uma vez que se atesta a difícil conciliação entre uma corrida capitalista e a preservação, agravada ainda pela negligência  humana. Diante isso, é fundamental a busca por caminhos que atenuem e minimizem essa triste realidade.             Desde o século XV em seu primórdio, que a sociedade é regida pela dinâmica do capitalismo. A lei da oferta e da procura e o acúmulo de capital tornaram-se essenciais para o crescimento e consequente progresso do mercado. Entretanto, atrelado a isso está o desenvolvimento que, muitas das vezes, é inconsequente e fruto do espírito consumista e egoísta humano. Um claro exemplo, foi o recente acidente com o rompimento da barragem de uma hidrelétrica em Mariana, Minas Gerais. As milhares de perdas materiais e biológicas mostram qual é o verdadeiro preço dos investimentos, que, paradoxalmente destroem nossa maior riqueza - natureza.       Além disso, o próprio comportamento social que corrobora em distanciar um futuro de boas perspectivas. O sentimento imediatista, inerente a condição humana, acaba por despertar o individualismo no indivíduo. Utilizando do conceito de globalização do geógrafo Milton Santos, a figura da globalização contemporânea é em tese perversa. Pois, transforma a sociedade em competitiva e cada vez mais negligente, uma vez que passa a ficar inerte perante os problemas ambientais que afligem o mundo.        Em virtude dos fatos apresentados, fica claro então que, a humanidade muito tem que executar para com o meio em que vive. Para isso, é indispensável que a postura dos cidadãos seja mais ativa, crítica e engajada. Reuniões e oficinas, por exemplo, podem ser realizadas nos bairros a fim de empoderar pessoas em adotar uma conduta mais sustentável. O Estado pode oferecer incentivos fiscais para empresas não poluidoras, através da política dos créditos de carbono, que oferece a possibilidade de comercializar o direito de poluir. Ademais, ONG's em parceria com escolas podem por meio de palestras e práticas estimular desde já nos pequenos a consciência e respeito ambiental. E por fim, a mídia através de campanhas pode alertar a população sobre os impactos da intervenção humana, além de incutir bons hábitos. Só assim, de acordo com tais medidas haverá de afirmar que o desenvolvimento será correto e que futuras gerações possam usufruir dos bens naturais de maneira plena.