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Enviada em: 16/10/2017

Balança aristotélica          De acordo com o filósofo do período clássico, Aristóteles, a "justa medida" é o meio para alcançar a felicidade. Trata-se do equilíbrio entre dois extremos instáveis e igualmente prejudiciais. Nesse sentido, ao analisarmos a relação entre o homem e o meio ambiente, vê-se que o lucro e o desenvolvimento econômico têm um peso muito maior que a exploração saudável, freada e cooperativa. Tudo isso, a fim de satisfazer necessidades inventadas e que podem gerar consequências desastrosas para a humanidade, como os acontecimentos recentes vem sugerindo.      Primeiramente, é importante salientar a forma harmônica que nossos autóctones - os índios - conviviam com a natureza. Sob essa ótica, é preciso repensar a forma como os bens naturais vem sendo explorados. Assim, o consumo de supérfluos, estimulado pela obsolescência programada dos produtos, faz com que o suprimento das necessidades básicas seja ultrapassado e a exploração torne-se cada vez mais irresponsável.         Além disso, existe a falta de planejamento e de preocupação com a prevenção de acidentes. Sabe-se que a natureza é limitada e mesmo que não fosse, não conseguiria atender nossa capacidade de degradação. Por isso, é necessário que sejamos consequentes e repensemos a maneira como utilizamos o meio ambiente, para que tragédias como o rompimento da barragem da Samarco em Mariana, Minas Gerais, não voltem a acontecer.     Nessa perspectiva, portanto, medidas são necessárias para preservar o meio natural. Por isso, o Ministério do Meio Ambiente deve implantar políticas públicas de regulamentação sobre a utilização dos recursos naturais, com o objetivo de punir empresas ou estados responsáveis por acidentes. Já à população cabe a mudança do modo de vida e consequentemente de consumo, preocupando-se com a extração consciente e a ação responsável das empresas. Dessa forma, a balança aristotélica pode nos auxiliar a conviver em harmonia por muitos anos com a mãe natureza.