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Enviada em: 17/10/2017

Desde o século XVI, com a colonização portuguesa no Brasil, iniciou-se um preocupante processo de desmatamento que perdura até os dias de hoje. Antes, com o intuito de abastecer a metrópole e hoje com o viés econômico, nosso país sofre dizimações de biomas e ameaças a espécies. Devido à alienação da população à cerca do real problema, o setor privado aproveita para expandir a agropecuária sem sofrer qualquer represália.        O bioma Mata Atlântica teve 30% de sua área desmatada ainda na pré-colonização e o restante quase todo no período de urbanização, restando apenas 5% de sua área original. Por conta disso, hoje este bioma é protegido por lei, o que garante sua existência. Já o cerrado sofre com outra realidade, devido à expansão da agropecuária e intensa exportação de soja, não existe qualquer lei que o impeça sua extinção. Esse grande crescimento da economia voltado para o plantio, ameaça não apenas o bioma, mas uma cadeia inteira de fauna e flora de todo o país.        Ademais, devido ao enfoque ao título de maior exportador de soja do mundo, pouco se ouve falar dos efeitos colaterais gerados por esta posição. Com isso as pessoas tornam-se alienadas ao que está acontecendo e não oferecem nenhuma resistência ao extermínio do bioma. Com tamanha facilidade e lucratividade, o setor privado, junto às bancadas ruralistas beneficiam-se com a fertilidade do solo e clima tropical, sem se preocupar com os efeitos que a prática causará a longo prazo.        Contudo, levando em conta os fatos supracitados é preciso que algo seja feito amenizar o problema. O Estado, como supremacia, deve efetivar leis com rigorosidade para o setor do agronegócio, impondo limites de desmatamento e obrigatoriedade de reflorestamento. As escolas, como formadoras, através da disciplina de Geografia, devem trazer à tona esse problema, promovendo debates e instigando um maior envolvimento da sociedade nesse aspecto. Dessa forma poder-se–á formar cidadãos mais informados e consequentemente preocupados em cobrar do estado e do setor privado, através de protestos e do voto, conformidade com as leis de preservação ambiental.