Enviada em: 20/10/2017

Até há pouco tempo, as sociedades humanas viam no ambiente natural uma fonte inesgotável de riquezas que poderiam sustentar o progresso econômico, no entanto, percebeu-se que graves problemas ecológicos foram devidos ao mal uso dos recursos naturais, assim, ocorreu a Conferencia de Estocolmo, em 1972, primeira a introduzir o tema do meio ambiente ao debate político, mesmo que não se tenha visto grandes progressos a posteriori. Dessa forma, surge a problemática da degradação do meio ambiente, principalmente causada por fatores econômicos e sociais.  Em primeiro lugar, vale ressaltar que o consumismo, típico das sociedades capitalistas é o fator que mais gera problemas ambientais. Desde a primeira Revolução Industrial, que possibilitou o aumento da produção de bens de consumo, a população iniciou um novo estilo de vida, do qual a obtenção de produtos passou a ser desenfreada e não condizente com a real necessidade das pessoas. Dessa forma, uma das consequências é o aumento do lixo, principalmente nos centros urbanos, sendo fundamental sua separação, mesmo que infelizmente sem o devido apoio governamental para a coleta seletiva, já que facilita o trabalho de catadores e diminui a produção de chorume a partir de restos orgânicos.  Além disso, por meio da globalização, as empresas privadas gananciosas dificultam a boa relação do homem com a natureza. No Brasil, em 2015, o enorme acidente com a barragem da mineradora canadense "Samarco", em Mariana, Minas Gerais, causou a morte da fauna e flora existente nas proximidades do Rio Doce, além dos prejuízos sociais e econômicos no local. O acidente evidencia a falta de planejamento e uso consciente dos recursos naturais, prática comum de empresas capitalistas que visam apenas o lucro e que, graças a Terceira Revolução Industrial -que possibilitou a instalação de industrias em países subdesenvolvidos a fim de baratear custos- usufruem da fragilidade das leis ambientais desses países.  Dessa maneira, portanto, medidas se fazem extremamente necessárias para resolver a questão. Cabe a sociedade adotar novos hábitos, como adotar a política dos 5 R's que visa reduzir, repensar, reaproveitar, reciclar e recusar produtos que gerem impactos e cabe ao Governo criar locais onde o material possa ser levado, assim como criar campanhas de incentivo, a fim de reduzir o impacto ambiental do descarte irresponsável. Ademais, cabe ao Ministério do Meio Ambiente fazer valer as leis, multando e levando à justiça casos como o da mineradora "Samarco", a fim de desestimular a negligência das empresas.