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Enviada em: 24/10/2017

Entrave entre homem e meio ambiente: desenvolvimento vs preservação.    Há 500 anos, chegavam as caravelas de Cabral. Ao ancorarem na costa, iniciou o processo de modificação do espaço e junto dele o desmatamento da Mata Atlântica. Nessa perspectiva, os desafios da relação entre o homem e o meio residem na tendência natural do ser humano em se apropriar e modificar a natureza, o que pode gerar danos ambientais irreversíveis e desastrosos. Dessa maneira, são necessárias práticas que assegurem um desenvolvimento que seja sustentável.    A relação entre a natureza e o homem é, historicamente, do ser humano alterando o espaço. Somente por meio da utilização dos recursos naturais disponíveis foi possível a sobrevivência nas savanas africanas e desertos do oriente médio para, enfim, chegarmos à civilização atual. Entretanto, esse comportamento é dicotômico. Segundo, Thomas Hobbes: " o homem é o lobo do homem". Nessa lógica, apesar da conquista do globo por meio da construção de cidades, fábricas, automóveis e usinas energéticas, a relação do homem com meio ambiente, a qual permitiu a sobrevivência da espécie, também é perigosa para si mesmo na medida em que ocorre sem sustentabilidade. Portanto, as causas da interação desequilibrada da espécia com a natureza estão na nossa tendência de moldar a paisagem de acordo com nossas premissas, todavia, sem atenção ao alerta do filósofo inglês.     A interação homo sapiens e  ecossistema se tornou desarmônica. A produção excessiva de bens, energia do sistema atual coloca em cheque o equilíbrio do meio ambiente. . A concentração do principal produto da combustão, o CO2, cresceu exponencialmente na atmosfera; esse gás, para pesquisas de órgãos ambientais, como o Green Peace e a Cúpula do G20, é o principal responsável pelo aumento da temperatura  global e do efeito estufa, Além disso, detritos dos processos industriais e domésticos são despejados em rios, lagos e no mares. No litoral gaúcho, como em Capão da Canoa, é possível visualizar o esgoto a céu aberto desaguando na praia, culminando na morte de peixes e algas. Ademais, Em reportagem recente, veiculada no Globo Repórter, foram demonstradas ilhas inteiras de entulhos em meio aos oceanos, bem como o "mercado do lixo", onde países vendiam - despachavam - seu lixo para outros mais pobres. Tudo isso comprova a urgência de novas resoluções ambientais.      É necessário, pois, que o desafio da produção vs preservação seja transposto. O Estado, em parceria com as indústrias, deve incentivar, por meio da redução de impostos por lei, a utilização de fontes de energia renovável, como Solar e Eólica, bem como investir em projetos de fontes "limpas", como H2, para diminuir a emissão de CO2. Além do mais, a fiscalização das leis ambientais e a aplicação da pena devem ser ampliadas pelo Estado por meio propostas legislativas; dessa forma, seriam equilibrados os desafios da relação homem-natureza e amenizada a máxima de Hobbes.