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Enviada em: 25/10/2017

Brasil, país com nome de vegetal, em referência ao Pau-brasil, árvore que dava tom de brasa às roupas dos portugueses. Embora isso sugira uma nação que valoriza a natureza, percebe-se que, na prática, isso não é verdade. A relação entre homem e meio ambiente acontece de forma conturbada, devido ao consumo exagerado e a falta de consciência ecológica.   Primeiramente, é importante salientar o impacto do consumismo não sustentável no Brasil. O sociólogo Karl Marx, ao discorrer sobre a fetichização da mercadoria, mostrou que o indivíduo atribui, muitas vezes, valor simbólico às mercadorias. Tal fato explica a forma com que muitas pessoas adquirem produtos que não precisam, tendo em vista que esses podem contribuir até para uma integração social. No entanto, isso prejudica diretamente o meio ambiente, pois quanto maior o consumo desnecessário, maior a exploração.    Além disso, a população ainda mostra-se pouco engajada na boa relação com a natureza. O também sociólogo Zygmunt Bauman, ao conceituar a modernidade líquida, expôs que, hodiernamente, as pessoas têm tornado-se mais individualistas. Nesse sentido, a preocupação ecológica é diminuta, haja vista que há a ideia de que os impactos mais graves da má exploração dos recursos acontecerá a longo prazo.    Com isso, depreende-se a ainda deficiente relação entre o homem e o lugar em que ele vive. Portanto, o Ministério da Educação deve levar às escolas projetos e campanhas que visem gerar,  nos seus alunos, senso crítico quanto ao consumo desnecessário, o que beneficiará não só o planeta, mas também a vida financeira do próprio indivíduo. Ademais, ONGs, como a Greenpeace, devem divulgar informações sobre a gravidade dos impactos das ações antrópicas e mostrar que essas são prejudiciais tanto a longo quanto a curto prazo, para que os cidadãos tomem consciência de que o cuidado ambiental é dever de todos. Assim, desenvolvimento humano e natureza tornar-se-ão peças inseparáveis.