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Enviada em: 26/10/2017

Nos primórdios da humanidade, as relações entre homem e meio ambiente eram baseadas no princípio de que ambos formavam um todo, inseparável. Conforme o ser humano desenvolveu técnicas que permitiam o manejo da natureza, como a fabricação de utensílios para a caça e pesca e o artifício da agricultura, sua dependência em relação ao meio diminuiu. Posteriormente, com as Revoluções Industriais, os impactos ambientais causados pelas atividades do homem tornaram-se cada vez mais negativos. A poluição, o agravamento do efeito estufa e a extinção de diversas espécies são apenas algumas das consequências diretas do desequilíbrio em que o ser humano vive com a natureza.        Enquanto seus antepassados eram nômades que baseavam suas dietas nas estações do ano e no local habitado, o homem contemporâneo depende da agricultura e pecuária de larga escala. Tais práticas, embora amplamente utilizadas e de extrema importância para a economia mundial, representam ameaças ao meio ambiente. O desmatamento é o primeiro passo para a implantação da agropecuária, porém provoca a redução da biodiversidade e dos nutrientes do solo. Já o uso de agrotóxicos nas plantações acarreta na contaminação do solo, lençol freático e rios. Por fim, a pecuária causa a compactação do solo, gerada pelo deslocamento dos rebanhos - que, através da liberação do gás metano, contribuem para a intensificação do aquecimento global. Sendo assim, pode-se perceber que todas as atividades responsáveis pela alimentação do homem são prejudiciais ao planeta.        No entanto, a produção alimentícia não é a única que causa impactos negativos. Com as inovações tecnológicas provenientes das Revoluções Industriais, o processo produtivo tornou-se ágil, gerando mais lixo e uma obsolência programada. A indústria petrolífera, responsável por grande parte da energia consumida e de diversos materiais, contribui para a poluição ambiental através da emissão de gases poluentes, além de causar enormes desastres ambientais quando ocorre derramamento de petróleo no mar. Curiosamente, a segunda indústria mais poluidora é a da moda. Segundo a pesquisa realizada pela HBS, uma peça de roupa usada apenas cinco vezes e jogada fora após um mês produz mais 400% de emissões de carbono que uma usada cinquenta vezes e mantida por um ano.      Notoriamente, a sociedade precisa repensar sua relação com o meio ambiente. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento deve incentivar a não utilização de agrotóxicos e o pousio -descanso do solo após atividades agropecuárias- através de incentivos fiscais. A promoção de concursos, pelo Ministério da Educação, para estudantes universitários desenvolverem novos métodos de combate às pragas, soluções para o reaproveitamento do lixo industrial e diminuição da emissão de gases pelas indústrias é outra alternativa. O homem tem que voltar a se sentir como parte de um todo.