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Enviada em: 26/10/2017

Henry Ford, em 1918, lançou seu modelo econômico: o fordismo. Sistema pautado na produção em massa para geração de consumo exacerbado. No entanto, embora pareça benéfico para a sociedade, a massificação do consumo trouxe prejuízos inexoráveis para a saúde coletiva e para o meio ambiente que persistem nos dias do século XXI. Nesse cenário de destruição da fauna e acúmulo de lixo, faz-se imperativo discutir acerca da interferência humana nos ecossistemas locais.       A princípio, vale pontuar que o descumprimento da legislação ambiental vigente corrobora para o desequilíbrio ecológico. Exemplifica-se a violação das leis existentes, como a Constituição Federal brasileira de 1988, que assegura o meio ambiental saudável para toda a população atual e também para as próximas gerações, por meio dos dados obtidos pelo Instituto de Pesquisa Nacional (INPE), os quais apontam a destruição da Amazônia em uma taxa crescente de 40% ao ano, possibilitando sua completa extinção. Desse modo, é notório que a despreocupação das grandes empresas no que tange ao desmatamento de florestas coloca em risco a sustentabilidade atual e futura.      Ademais, convém ressaltar que a sociedade consumista formada com o advento do capitalismo também colabora para a desestruturação da natureza. No documentário “Oceano de Plástico”, estreado em 2016, são apresentados os efeitos drásticos do plástico proveniente de sacolas e embalagens no ambiente aquático, mostrando a falta de cuidados da população para com o descarte de lixos. Sob esse viés, nota-se a insustentabilidade do atual modelo de consumo, tendo em vista a nocividade do descarte de dejetos, como a poluição de rios, lagos, lençóis freáticos e contaminação de todos os seres vivos com as substancias tóxicas liberadas. Para o filósofo Hans Alois, a indiferença com o meio ambiente é a destruição da própria espécie humana, assim, torna-se relevante alterar esse cenário.        Logo, é incontrovertível que haja equilíbrio entre meios de produção e sustentabilidade ambiental. Para isso, o Poder Executivo, com apoio do Ministério do Meio Ambiente, deve ampliar a fiscalização das leis ambientais vigentes, por intermédio da criação de sites de denúncia virtual, ampliando mecanismos de denúncia, além da contratação de novos funcionários de campo, com uso de verba arrecadada pelos Impostos da Receita Federal, que atuem em escala nacional, supervisionando obras de construções privadas, dessa maneira, será possível atenuar os elevados níveis de desmatamento ilegal. Além disso, cabe às escolas, em associação ao Ministério da Educação, tornar a educação ambiental mais eficaz, rompendo com a cultura consumista e descartadora inconsciente, por meio de atividades lúdicas e coletivas na grade curricular, repassando valores éticos para com a natureza, auxiliando sua preservação para todas as gerações.