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Enviada em: 28/10/2017

Desde a descoberta do fogo, passando pela invenção da roda e pelo uso de metais para a fabricação de ferramentas de trabalho, fato é que a interação e intervenção do homem na natureza sempre foram uma constante. O problema se dá quando a atividade antrópica acontece em níveis que ameaçam a perpetuação da vida no planeta, inclusive a humana. Destarte, ações que possibilitem a continuidade do desenvolvimento socioeconômico mundial de forma sustentável e responsável precisam ser repensadas e, sobretudo, postas em prática.        O sociólogo Karl Marx, em sua crítica ao regime capitalista, discorre sobre o fetiche do consumo. Assim, para que a roda do capitalismo possa continuar girando, é necessário que a sociedade continue consumindo. Para tanto, os produtos são anunciados de maneira que sua aquisição represente status social, beleza e felicidade. Dessa forma, gradativamente o consumo equilibrado perde seu espaço para o consumismo, fazendo com que a demanda por novos produtos gere grande impacto ambiental. Tal desequilíbrio decorre do uso excessivo de matéria-prima, bem como das matrizes energéticas necessárias para transformá-la no produto final a ser entregue ao consumidor.        Alidada a essa conjuntura, encontra-se a cultura de obtenção do lucro a curto prazo. Nesse contexto, indústrias, que deveriam investir no desenvolvimento de alternativas de produção sustentável, acabam optando por utilizar a energia já existente, como a proveniente de combustíveis fósseis. Tal matriz energética, além de não renovável é ainda altamente poluente, contribuindo para o aquecimento global e piora das condições de vida planetária.       Redimensionar a intervenção do homem no meio ambiente é, portanto, matéria urgente e prioritária. Para isso, é primordial que as escolas promovam o ensino e a conscientização da necessidade de se manter uma relação sustentável com os ecossistemas. Desse modo, ofincinas de educação ambiental e palestras com biólogos e ambientalistas podem contribuir para a formação de cidadãos mais conscientes e proativos. Ademais, cabe ao Estado, por meio de incentivos fiscais, apoiar indústrias e empresas que optem por investir em tecnologias que possibilitem fabricar seus produtos de forma ecológica e menos poluente. Por fim, à sociedade, designa-se a responsabilidade de consumir de maneira consciente, optando, quando possível, por produtos mais duráveis e verdes e, dessa maneira, colaborar para que as gerações futuras continuem tendo onde habitar.