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Enviada em: 30/10/2017

Em pleno século XXI, frente à grandes avanços da ciência e da tecnologia, o descaso do ser humano para com a natureza ainda é um fator que assombra a sociedade brasileira. A falta de consciência ambiental se faz presente, em peso, na atualidade. Lixos jogados na rua ou até catástrofes que prejudicam todo um ecossistema são cenas consideradas corriqueiras nos dias atuais. O capitalismo surgiu no século XV, resultado da decadência do Sistema Feudal e da ascensão de uma nova classe social: a burguesia. O principio dessa nova classe se baseava na obtenção de lucro, independente do caminho que precisasse ser tomado para tal, o que caracteriza também o sistema econômico que estava surgindo. Hoje, cerca de 6 séculos depois, tal pensamento ainda se faz presente na cabeça de grande parte da população e seus desdobramentos podem ser vistos diariamente, principalmente nos atos de grandes empresas.   "A humanidade se encontra em um grande paradoxo. O homem estraga a natureza visando a obtenção de lucro mas, posteriormente, precisa gastar dinheiro com sua saúde, que foi afetada pelos impactos ambientais por ele mesmo causados". Tal perspectiva passada no filme "Ponto de Mutação", de 1990, ainda se aplica à situação atual e deixa a pergunta: “quanto vale o progresso?”. Em 2015,o Brasil foi palco para o maior desastre ambiental da sua história: o rompimento da Barragem do Fundão, no distrito de Bento Rodrigues, em Mariana - MG. Tal acontecimento, que resultou em 19 mortes e no desequilíbrio de um ecossistema inteiro, foi fruto do descaso da empresa responsável e a impunidade por essa recebida evidencia o descuido do poder publico para com a natureza. Medidas que prejudicam a natureza não são frutos apenas de grandes empresas, atitudes como jogar lixo no chão ou em meios fluviais, o despejo de esgoto sem tratamento em rios e mares também são rotineiros na sociedade, fruto de uma geração sem cuidado com a o meio em que vive.  É evidente que medidas fazem-se imprescindíveis para a correção de tal viés. Deste modo, compete aos governos locais a implementação do tratamento de esgoto e de coleta seletiva, facilitando assim a divisão de materiais recicláveis. Outro caminho para a diminuição de dejetos não reutilizada seria o incentivo governamental à empresas para a reinserção de materiais já utilizados, como plástico e alumínio, na linha produtiva. A fiscalização e a punição devem ser tomadas como principio pelos órgãos públicos, visando assim a aplicação das leis ambientais. Ademais, cabe as famílias o ensinamento da educação ambiental, que posteriormente será frisada pela escola. Deste modo, com uma ação conjunta entre poder publico e população, poder-se-á transformar o Brasil em um país mais sustentável e preocupado com o meio ambiente.