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Enviada em: 13/11/2017

Desde as civilizações antigas que o homem relaciona-se intensamente com o meio ambiente. Tal convívio, em uma certa medida, foi pautado no equilíbrio. No entanto, a partir da Revolução Industrial, tendo como cume a atual Revolução Técnico-científica, a relação humana com a natureza tornou-se desarmônica. São estabelecidos, assim, desafios na interação entre a sociedade e o meio natural em que está inserida. Pode-se apontar, dentre as causas dessa problemática, a visão histórica da humanidade em relação à natureza e a sua intensa exploração.       Primeiramente, é necessário fazer uma análise histórica do pensamento humano em relação ao meio ambiente. Na Grécia antiga, os pré-socráticos foram os primeiros a estudar os processos naturais do mundo. Porém, a partir de Sócrates, começa a haver uma valorização do homem das ideias e um certo desprezo pelos elementos físicos. Chega-se, dessa forma, ao antropocentrismo de base racionalista, determinando de maneira diferente a consideração da natureza. Tal postura ainda é repassada às futuras gerações, acarretando nessa persistência de uma visão em que as realizações humanas podem-se sobrepor à sanidade ambiental.        Convém abordar, também, o papel da indústria no cenário atual. De fato, os bens industriais, hoje, são gerados em uma quantidade e brevidade de tempo antes impensáveis. Isso ocorre com imensos prejuízos à natureza, pois,  além da exploração intensa dos recursos naturais, tem-se o uso, principalmente no Brasil, de tecnologias obsoletas e fortemente poluentes. Inevitavelmente, ecossistemas inteiros são afetados com esses dejetos, levando ao risco de extinção inúmeras espécies da fauna e flora local.        Fica evidente, portanto, que há entraves para o estabelecimento de uma relação de igualdade entre o homem e o meio em que vive. A educação ambiental contribuirá enormemente para mitigar essa problemática. Para tanto, a Secretaria de Educação poderá oferecer treinamento especial aos professores para que fiquem habilitados a ensinarem ecologia. Dessa maneira, poderão passá-la de forma transdisciplinar em sua respectivas matérias. Passeios com os alunos para sítios e áreas de preservação também contribuiriam para a criação de uma consciência cidadã para com a natureza. Ademais, o Ministério do Meio Ambiente deve aumentar a fiscalização às indústrias, seja pela criação de uma ouvidoria específica ou pela abertura de concursos públicos destinados ao aumento no quadro de fiscais. Por outro lado, ONGs e instituições voltadas ao empresariado, como o Sebrae, podem criar cartilhas com temáticas ambientais. Dessa forma, novos empreendedores poderão começar seus negócios já com uma consciência ambiental formada.