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Enviada em: 30/10/2017

Historicamente, com o início do desenvolvimento agrícola no Crescente Fértil, o homem passou a ser um agente modificador do meio ambiente. Entretanto, hoje, a relação antrópica com os ecossistemas passou a ser desequilibrada, uma vez que há a dificuldade de aliar a preservação com o desenvolvimento. Diante disso, é coerente afirmar que essa questão reside, sobretudo, na dificuldade técnica imposta pelo neoliberalismo, bem como a presença de uma cultura consumista.       Inicialmente, evidencia-se a padronização energética do mundo como pilar do desequilíbrio homem e natureza. Posto isso, é necessário destacar o uso de combustíveis fósseis e a tecnologia de queima como padrão global de geração potencial. A razão disso é que esse panorama constitui a obstrução técnica do modo capitalista como fomentador do desequilíbrio, pois, mesmo existindo vias alternativas de geração energética, a queima de petróleo ainda é substancial, já que é mais barata e lucrativa ao mercado. Com isso, a degradação ambiental é uma constante em função do desenvolvimento, o que desestabiliza o meio, como mostra o IPCC ao anunciar o ano de 2016 como o mais quente em 800 mil anos em decorrência da queima de hidrocarbonetos. Logo, o mercado fomenta a degradação.      Outrossim, é fato que a cultura do consumismo constitui outra raiz no desequilíbrio ambiental para o desenvolvimento. A razão disso é que a produção exacerbada de materiais de consumo não corresponde a imposição natural do planeta, um vez que os recursos naturais são limitados, o que em contraste com o consumo populacional cada vez maior, levará a humanidade e a natureza ao colapso. Prova disso é que o consumo humano de bens naturais no ano de 2017 superou a reposição natural da Terra em Agosto. Com isso, o paneta passa a gerir ao processo de gênese material no limite, seja na reposição mineral seja na reprodução de animais para consumo. Dessa forma enquanto o estilo de vida humano foi pautado no consumismo, o destino planetário estará em fracasso.       Destarte, o desequilíbrio entre a humanidade e a natureza é, pois, um problema de ordem econômico e cultural. Sendo assim, é preciso uma mudança de paradigma energético e regulação das matérias primas. O primeiro poderá ser realizado com ação dos governos nacionais, por meio da do fomento a empresas de energias alternativas como a solar e nuclear, vide a SolarCity e os parques ópticos da Espanha, a fim de reduzir a queima fóssil e a desestabilização ambiental pelo aumento de gases do efeito estufa. Já o segundo, revela a importância dos Ministérios do Ambiente e Tecnologia em difundir práticas de reciclagem e reutilização, para que reduzir a extração de materiais do solo, afim de permitir o planeta repor os recursos já retirados. Portanto, a relação humana com o meio, ainda que com interferência antrópica, será harmoniosa assim como foi no passado do Crescente Fértil.