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Enviada em: 31/10/2017

No filme "A era da estupidez",o ano de 2055 retrata a quase extinção da humanidade,decorrente das mudanças climáticas no planeta.Nesse cenário,um sobrevivente em uma torre solitária,num Ártico livre de gelo,se questiona sobre as razões que levaram a coletividade a não evitar catástrofes naturais -oriundas da interferência humana prejudicial no meio ambiente- que gradativamente conduzem ao colapso da civilização.Ora,o comportamento da sociedade fictícia exala-se na contemporaneidade brasileira,na medida em que a busca pela ascensão socioeconômica marginaliza o olhar para o desenvolvimento sustentável.        Tal  assertiva encontra amparo na cultura consumista da globalização.O crescente avanço do setor industrial  brasileiro,no século XX,possibilitou o crescimento da empregabilidade da população e gerou assim a elevação da renda familiar da sociedade e o aumento no poder de compra de bens e serviços.Atrelado a isso,o poder da industria cultural e do discurso midiático disseminaram uma cultura de massa e conduziram ao consumo desacerbado.Nesse sentido,um dos produtos do consumismo nacional é a alta quantidade de resíduos sólidos,prejudicial ao meio ambiente quando descartado incorretamente;sendo o Brasil,de  acordo com a revista Época,sede do maior lixão da América Latina,o lixão da Estrutural em Brasilia-DF.A Presidência da República exerce seu poder a 15 Km da maior negligencia ambiental da nação e faz do desrespeito à natureza o caleidoscópio social desse país.         É oportuno salutar que a inexistência de uma efetiva educação ambiental nas escolas contribui para que a relação entre o homem e o ambiente seja desarmoniosa.O diálogo sobre meio ambiente e o substrato da ação do indivíduo sobre a natureza  é necessária para que o cidadão em formação exerça uma reflexão crítica sobre seus deveres ambientais;entretanto,a efetivação dessa comunicação é barrada pela pouca estrutura de materiais didáticos das instituições públicas e pela falta de capacitação continua dos professores sobre esse tema,como mostrou o site "A voz da serra" -baseado nas pesquisas da doutora Cláudia Ferreira.Ter educação ambiental de qualidade nesse solo é utopia.Nessa perspectiva,o papel do Estado na melhoria da estrutura escolar e no embasamento sobre o tema ao educador é primordial para que o respeito ao ambiente seja ensinado na comunidade escolar.       Obsoletar o desvínculo entre crescimento econômico e o desenvolvimento sustentável é essencial no cenário nacional.Nessa visão,urge-se a atuação das prefeituras para o cumprimento da política nacional dos resíduos sólidos,em que os lixões serão cessados e a poluição dos solos amainada.Em consonância,é necessário a difusão da economia compartilhada,através da mídia e campanhas nacionais,para diminuir o hiperconsumo e contribuir para a preservação do patrimônio ambiental.  aambiental.nnnnnnn