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Enviada em: 01/11/2017

Embora esteja em um posto de destaque referente à economia global, o Brasil ainda enfrenta problemas socioambientais arcaicos, tais como a má administração de seus recursos naturais e a desigual relação entre homem e meio ambiente, a qual, infelizmente, favorece apenas o primeiro e, na maioria das vezes, devasta o segundo. Diante dessa intempérie, mostra-se clara a necessidade de ações que visem contornar ou, ao menos, a curto prazo, amenizar essa relação desbalanceada.       Em um primeiro momento, é importante ressaltar que o homem tem procurado pelo desenvolvimento a qualquer custo, mesmo que isso lhe custe o planeta em que vive. Diante desse prisma, é possível destacar ações político-econômicas, como a saída dos EUA do tratado de Paris e o descumprimento pelo Brasil ao acordo de não agressão à Amazônia, o que acabou custando ao país sul-americano a retirada, por parte da Noruega, de uma contribuição no valor de 200 milhões de reais, quantia essa que consistia como "pagamento" pela preservação da floresta, um patrimônio mundial. Visto isso, mostra se claro o desrespeito do homem pelo meio ambiente, ação essa que, caso não revertida, levará a um único e comum fim: a escassez de recursos naturais aos mais pobres e a monopolização ambiental pelos mais poderosos.       Outro fator relevante e que precisa ser discutido é o desenvolvimento sustentável e o porquê de tal política ser, ainda, tão pouco empregada. Durante a última década de 90, no Protocolo de Kyoto, foi assinado um acordo entre os países membros da ONU, o qual consistia em tornar práticas ações que tivessem como fim o desenvolvimento sustentável. No entanto, ao perceberem que tais medidas não trariam o mesmo retorno financeiro, quando comparadas às anteriores, muitos países acabaram por "tapar os olhos" pra tal acordo, o que, infelizmente, potencializaria ainda mais a devastação natural.       Torna-se claro, portanto que a desigual relação entre homem e meio ambiente tem contribuído para a devastação desse último, gerando prejuízos irreparáveis. Diante disso, urge a realização de algumas medidas que visem a atenuação desse impasse. A começar pelo Poder Executivo, que, realizando reuniões com especialistas ambientais, deve procurar chegar a um consenso entre desenvolvimento e meio ambiente, ato esse que consiste em respeitar a preservação natural sem que seja preciso frear o desenvolvimento econômico. Ademais, o Poder Legislativo deve revisar seus aparatos legais,  através de uma potencialização das penas, aumento da fiscalização ambiental e aplicação de multas àqueles que infringirem tais leis. Por fim, esses recursos financeiros, angariados pelo Estado sobre a forma de multas, devem ser repassados a ONG's ambientais e utilizados na reconstrução do meio ambiente. Feito isso, talvez seja possível, um dia, reequilibrar a tão injusta relação entre homem e meio ambiente.