Enviada em: 01/11/2017

Utilizar os recursos naturais no presente de forma sustentável para não comprometê-los nas gerações futuras é a premissa básica do Relatório Brundtland, lançado na conferência Rio 92. Uma atitude positiva no mundo contemporâneo em relação a décadas de não preocupação ambiental a partir da Revolução Industrial iniciada no século XVIII. Contudo, mesmo com amplos debates hodiernamente acerca dessa relação entre o homem e o meio ambiente, decisões como responsabilidade ambiental e desenvolvimento sustentável do planeta ainda enfrentam entraves para serem realizadas no Brasil.         A população e o Estado devem praticar atos de responsabilidade ambiental. Pela primeira porque é bastante comum, no país, o descarte de resíduos sólidos, industriais e até mesmo hospitalares nas vias e nas praças públicas, tornando os lugares com o tempo em "lixões a céu aberto". Pelo segundo pois é responsável por oferecer o tratamento adequado do lixo, utilizando o exemplo do aterro sanitário da Região Metropolitana de Belém, no Pará, na cidade de Marituba, em que a má administração dele provocou a sua desativação, causando transtorno devido ao mau cheiro ao redor, tornando-o também em um lixão. Nesse sentido, tais locais transformam-se em abrigos de pragas urbanas, como ratos e baratas, e focos de doenças, como a leptospirose e a leishmaniose, prejudicando a saúde dos habitantes.        Outrossim, o desenvolvimento sustentável do planeta necessita receber mais atenção dos países. O termo em inglês "hot spot" é o significado de uma região geográfica a qual está exposta ao perigo de extinção dada a diminuição da sua biodiversidade, e no território brasileiro, existem duas áreas com essa característica, as quais são o Cerrado (devido ao cultivo de grãos no centro-oeste) e a Mata Atlântica (devida a elevada densidade populacional relativa). Nesse contexto, o desflorestamento desses ambientes intensifica problemas ambientais como o aquecimento global e a ilha de calor, elevando a temperatura média da Terra e a sensação térmica no perímetro urbano.         Destarte, atesta-se que ações de responsabilidade ambiental e de desenvolvimento sustentável do planeta na relação entre o homem e o meio ambiente possuem barreiras nos seus caminhos. Para mudar esse cenário, é imprescindível a atuação da Mídia nos estados viabilizar, por meio da televisão e dos jornais impressos, informes publicitários informando os lugares corretos de descarte do lixo e a periodicidade da coleta. Além disso, o Governo Federal deve promover, mediante a Secretaria de Obras Públicas, a estruturação de locais apropriados para tratar o lixo; e por intermédio da capacitação de ONGs ambientalistas, para reflorestar os "hot spots" com a sua vegetação nativa. Adotadas tais medidas, certamente os entraves serão amenizados.