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Enviada em: 03/11/2017

A Conferência de Estocolmo, realizada em 1972, discutiu amplamente, pela primeira vez, os impactos causados pelo homem ao ambiente, colocando em questão os limites do modelo econômico capitalista perante a segurança vital das futuras gerações humanas. Quase cinquenta anos depois, no entanto, pode-se afirmar que tal reunião ainda não conseguiu, por meio de seus objetivos acordados, transformar positivamente o adverso panorama espacial do planeta, situação a qual expõe as dificuldades dos Estados nacionais e das sociedades civis em superar tal problemática.       De fato, são muitos os desafios a serem superados pelos países no que concerne à relação entre o homem e o meio. Nesse sentido, deve-se considerar que, ao longo da história de formação das civilizações, especialmente durante as Grandes Navegações, a busca por riquezas sempre se mostrou presente, e a exploração da natureza se manifestava como o melhor caminho para o alcance de fortunas. Atualmente, mesmo diante de estudos científicos preocupantes acerca das perspectivas ambientais, o ideal pragmático ainda compõe as noções políticas de muitas nações, as quais se recusam a abrir mão do desenvolvimento econômico e, por isso, muitas vezes, não se esforçam para superar os infortúnios ecológicos, tais como a poluição por gases intensificadores do efeito estufa e a diminuição da disponibilidade de recursos hídricos.         Ademais, há ainda os problemas concernentes ao âmbito social. Sob essa óptica, vale destacar que é substancial, por parte de muitas pessoas, o descaso com o equilíbrio ambiental. Em defesa dessa assertiva, pode-se colocar em questão o documentário "Oceanos de Plástico", de Craig Leeson, o qual mostrou o comportamento irresponsável de moradores de ilhas do Pacífico em relação ao descarte do plástico, material de difícil decomposição e de alto potencial letal em caso de ingestão. Situações como essa acontecem, geralmente, porque as medidas educativas acerca da temática do desequilíbrio ecológico são insuficientes, permitindo a persistência de ideias segundo as quais as adversidades ambientais não podem mais ser superadas.        Portanto, com o fito de efetivar os ideias sustentáveis planejados pelas Nações Unidas em 1972, faz-se mister que os Estados nacionais desenvolvam, por meio do replanejamento infraestrutural, projetos citadinos responsáveis por reduzir os impactos humanitários sobre o meio, como a instalação de filtros em chaminés fabris e a imposição do uso racional de recursos hídricos. Outrossim, as instituições formadoras de opinião, como as universidades e as escolas devem, por intermédio de palestras e de debates ministrados por ambientalistas, elucidar de forma intensificada crianças e jovens acerca da sustentabilidade, pois, dessa maneira, será possível superar os empecilhos ambientais.