Materiais:
Enviada em: 05/11/2017

Homo parasitus   Com o advento da primeira revolução industrial, no fim do século XVIII, surgiu a máquina a vapor, utilizada em larga escala nas indústrias das décadas seguintes. Tal aparelho representou o primeiro passo dado pelo homem na interferência do meio ambiente, uma vez que ele libera gases poluentes causadores do efeito estufa. Desde então as relações entre o ser humano e a natureza resumem-se no primeiro extraindo o máximo da segunda, em prol de seu autodesenvolvimento, sem repor recursos extraídos, numa relação análoga ao parasitismo realizado por várias espécies biológicas. Essa situação é insustentável, e deve ser urgentemente revista para que ambos não sejam prejudicados.   Para realizar essa tarefa, é preciso considerar a teoria de Max Weber, na qual os processos sociais são mutáveis e dinâmicos, e devem ser analisados para se extrair o real significado deles. Considerando isso, fica notório que deve haver um debate em torno da questão ambiental, principalmente entre as corporações responsáveis por emitir grande quantidade de poluentes, para entender o funcionamento do meio ambiente e estabelecer quais métodos serão adotados para que o homem se relacione com ele com em um mutualismo (relação onde ambos são beneficiados).   No entanto, devido ao contexto capitalista atual, é esperado que essas empresas defendam sempre o lucro de suas instituições sobre os demais fatores. Por isso, deve-se levar em consideração a ideia hobbesiana de que a plena proteção do cidadão só é garantida a partir da intervenção estatal. Assim, o Estado deve agir para que os cidadãos não sejam prejudicados pela poluição do meio ambiente.   Dessa forma, é perceptível que o maior desafio é praticar o capitalismo de forma sustentável, levando em conta os pilares social, econômico e ambiental. Sendo que esse obstáculo será superado somente com ações conjuntas. Logo, o governo deve estabelecer leis que obriguem as indústrias a reaproveitar todos os resíduos que elas geram e a financiar projetos de proteção ao meio ambiente. Para que isso seja fortalecido, é dever da mídia divulgar campanhas de conscientização da população, fortalecida por debates em torno da questão ambiental em horário nobre da televisão aberta, atingindo grande parte do povo, que passaria a ter o conhecimento necessário para realizar o seu papel a serviço de um melhor relacionamento entre o homem e a natureza. Assim, as atitudes que cabem ao cidadão comum são o descarte correto do lixo doméstico, a cobrança sobre o governo quanto a fiscalização das práticas sustentáveis das empresas privadas, e a colaboração com ONGs protetoras do meio ambiente. A junção de todos esses fatores acabaria com o dito relacionamento parasita, criando uma relação cíclica e sustentável que permite o desenvolvimento tecnológico do homem aliado à conservação da natureza.