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Enviada em: 21/03/2017

Escravizar é inadmissível   Normas legislativas que visam proteger os direitos do trabalhador difundiram-se pelo mundo em meados do século XIX, quando grande parte da população mundial passa a trabalhar nas indústrias. Diante disso, é passível de discussão a atuação das leis trabalhistas vigentes no Brasil hoje, tendo em vista os recentes casos de infração dessas leis aliado à impunidade.   Falar de trabalho escravo em pleno século XXI parece um tanto absurdo, porém os últimos balanços feitos pelo Governo Federal mostram que essa problemática ainda é recorrente. A maioria das vítimas desses crimes são menores de idade e imigrantes os quais são submetidos a extensas jornadas de trabalho, baixa remuneração e maus tratos. A falta de fiscalização por parte dos órgãos responsáveis em consonância ao pouco apoio governamental dado aos menos favorecidos, faz com que estes sintam-se forçados a aceitar trabalhos em condições precárias. Assim, a classe trabalhadora se torna cada vez mais refém das indústrias que insistem em escravizar seus funcionários.   Somando a isso, as punições previstas pela constituição não são efetivas e acabam dando margem a prática constante desse tipo de crime. Podemos citar como exemplo o bairro do Brás, polo industrial da cidade de São Paulo, onde encontra-se com facilidade bolivianos e haitianos trabalhando em condições extremamente precárias na indústria têxtil da região. Todavia, nada é feito para reprimir essa exploração, uma vez que as autoridades brasileiras protegem mais as instituições do que o próprio trabalhador.   Sendo assim, fica evidente que o Brasil precisa combater o trabalho escravo existente em seu território. Para tanto, o Ministério do Trabalho deve incentivar a criação de vagas de emprego para adolescentes e imigrantes, recompensando as empresas colaboradoras com o abatimento de alguns impostos. Além disso, o mesmo Ministério deve contratar mais fiscais em todas as regiões do país afim de cobrar das empresas o cumprimento das leis trabalhistas bem como punir as instituições que não as respeitarem, conforme previsto na constituição brasileira. O trabalhador e as forças sindicais, por sua vez, devem fazer denúncias, greves e tornar as reivindicações públicas por meio das mídias sociais, com a finalidade de mostrar a todos que escravizar é inadmissível.