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Enviada em: 23/03/2017

Informação          Segundo o filósofo J. P. Sartre, “o homem está condenado a ser livre”. Aquém a este pensamento, o ser humano persiste em escravizar o seu semelhante para trabalhos forçados. Como no exemplo dos imigrantes bolivianos cooptados para a labuta oprimida em confecções na cidade de São Paulo, uma prática ainda vista como lucrativa. Diante do exposto, a sociedade brasileira se depara com o desafio de preservar os direitos do trabalhador e consequentemente a erradicação do trabalho escravo.         Em primeiro lugar, é fácil a aquisição da mão de obra ilegal no Brasil. O país é visto como uma terra de oportunidades para os imigrantes e estes em busca de emprego acabam por aceitar qualquer ofício, mesmo em condições sub-humanas. Além disso, a extensa territorialidade nacional torna uma árdua tarefa para coibir a prática negativa. Somado a isso, os 16 milhões de desempregados, de acordo com o IBGE, podem engrossar a fila da labuta imposta.          Em segundo lugar, o trabalho escravo ainda é visto como lucrativo no Brasil. Apesar das pesadas multas a quem oprime os trabalhadores, empresários insistem em desvirtuar a lei. Uns dos motivos é a crença na impunidade e a economia com o não pagamento dos tributos trabalhistas obrigatórios. Outro motivo que coopera a favor do empresariado é a falta de veiculação informacional a despeito dos direitos laborativos.        Desse modo, o erário deve utilizar as mídias televisivas através de peças publicitárias para informar ao trabalhador sobre seus direitos garantidos em lei. Ademais, o Estado precisa criar canais para sejam ouvidos as denúncias, a fim de que aqueles que se encontram em condições insalubres de labor possam ter um meio de comunicação efetivo. Dessa forma, a sociedade pode se mobilizar para o boicote de produtos oriundos de empresas que abusam dos seus colaboradores. Por fim, para combater o trabalho escravo no século XXI é necessário que se invista no trabalhador, sobretudo em informação.