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Enviada em: 23/03/2017

A escravidão já foi proibida há muito tempo, mas ainda nos dias de hoje, sabe-se que existem casos de trabalhadores em condições análogas à ela. Uma realidade chocante que geralmente acomete trabalhadores brasileiros e imigrantes mais simples e com pouca, ou quase nenhuma, opção de trabalho. Pessoas que são submetidas à condições mais que precárias e até mesmo cárcere privado por parte de seus exploradores.   No Brasil, foi divulgado um balanço de 2015 feito pelo Ministério do Trabalho em parceria com a Previdência Social, apresentando dados de operações feitas para libertar trabalhadores nessas condições em 6 estados. Foram libertados 1010 trabalhadores, incluindo 40 menores de idade. Desses trabalhadores, a maioria trabalhava com extração de minério ou na construção civil, e os demais em setores como agricultura e pecuária.  Atualmente, uma das opções de combate à escravidão é a fiscalização. Mas as dificuldades que impedem que esse trabalho sejam feito com eficácia são inúmeras, como dificuldade de acesso aos locais onde pessoas são mantidas trabalhando ou residindo, a falta de colaboração das empresas e órgãos envolvidos, a demora nos processos para investigação por conta de burocracias que não acabam mais, e por aí vai.    A falta de opção e de informação por parte dos trabalhadores, também poderia ser considerada um desafio, pois estes, sem alternativas acabam se sujeitando às condições de trabalho injustas, que com o passar do tempo pioram, tornando-se ilegais. E como já estão "presos" aquelas condições, endividados ou dependentes dos exploradores, não veem alternativas a não ser permanecer fazendo o que lhes é obrigado, até que de alguma forma consigam se livrar de tal situação.   No código penal brasileiro existem leis que punem com multa e reclusão quem submete trabalhadores à situações de escravidão. Mas ainda assim, a quantidade de casos que são descobertos mostram que ainda há muito a ser feito para combater, e quem sabe erradicar, essa prática do país.   Em todo caso, ainda é necessário muito esforço e dedicação para que se consiga combater à escravidão no século XXI. Estratégias para tentar inibir essa prática com parcerias entre governo e empresas, como incentivo fiscal às empresas com regularização da situação dos trabalhadores, aumento na fiscalização com a contratação de mais agentes para as operações, e um maior empenho da parte dos órgãos responsáveis na agilidade e eficiência dos processos, podem ser alternativas para combatê-la, quem sabe, antes do século XXII.