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Enviada em: 30/03/2017

Moderna Escravidão    Na antiguidade os povos fenícios, egípcios e gregos adotaram a escravidão como uma forma de manutenção da ordem social. No Brasil, o trabalho escravo teve início em 1530 e durou três séculos. Entretanto, mesmo com o fim da escravidão e com Getúlio Vargas sancionando as Leis Trabalhistas, ainda há vestígio desse tipo de ofício no século XXI e enormes desafios a serem combatidos devido a baixa fiscalização do Governo e a falta de interesse da população.     É indubitável que a questão constitucional e sua aplicação estejam entre as causas do problema. Para Aristóteles, a política deve ser utilizada de modo que, por meio da justiça o equilíbrio seja alcançado. Analogamente, nota-se a baixa fiscalização do Governo em locais nos quais há trabalho escravo representando uma brecha no desafio do combate a ele, haja vista que, muitos imigrantes e pessoas de pouca instrução são coagidas a realizar este tipo de mão de obra devido a fragilidade que se tem ao deixar seu país de origem e entrar em um novo, rompendo com o equilíbrio proposto pelo filósofo. Desse modo, evidencia-se a importância do reforço da prática da regulamentação como forma de combate ao problema.    Outrossim, destaca-se o desinteresse da população em questões como essa como impulsionador do revés. Segundo Durkheim, o fato social é uma maneira coletiva de pensar e agir. Seguindo essa linha de pensamento, percebe-se que a falta de interesse gera a falta de denúncias que a sociedade faz contra esse tipo de trabalho, indicando a forma coletiva de agir e pensar dos cidadãos. Com isso, nota-se a alienação da sociedade perante a solução para esta situação como forte agravante da problemática no país.     Entende-se, portanto, que os desafios do combate ao trabalho escravo no século XXI se dá devido a um intenso fato social. Para extinguir o problema é preciso que o Governo Federal crie em parceria com o Ministério público delegacias que combatam a mão de obra escrava e investigue com maior afinco os casos espalhados pelo Brasil, além de aplicar campanhas de abrangência nacional junto às emissoras de televisão conscientizando a população acerca do problema e incentivando a denúncia. Assim, o equilíbrio proposto por Aristóteles será gradativamente retomado.