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Enviada em: 12/04/2017

A história do Brasil é marcada por mais de três séculos de escravidão, nos quais os negros eram utilizados como mão de obra. A partir do meado do século XIX, iniciou-se a criação de leis abolicionistas, tais como a Lei Euzébio de Queiroz e a Lei do Ventre Livre, mas o famoso 13 de maio de 1888 e a criação de leis trabalhistas em 1930 não impedem a atual exploração. A desigualdade social é uma das principais causas deste problema, que enfrenta o senso comum e a dificuldade de fiscalização. Em locais onde habitam as populações mais carentes, o nível de escolaridade é baixo. Consequentemente, tais pessoas não são capazes de encontrar empregos regulares que obedeçam e garantam todos os direitos do trabalhador, o que gera a necessidade de procurar qualquer trabalho que forneça sustento básico. Além disso, crianças cujos pais encontram-se nesta situação tendem a possuir mais dificuldade para acessar educação de qualidade, o que transforma o problema em um ciclo. Também é necessário entender de que forma a prática em questão se apresenta. Isto é, para que o combate ao trabalho escravo seja mais eficiente, faz-se de extrema importância que ele seja debatido e exposto de forma real e sem estereótipos, para que grande parte da população saiba reconhecê-lo. Enquanto não for de conhecimento geral a ação deste crime, o número de denúncias realizadas não será suficiente para que os Estados possam exigir o cumprimento das normas em todos os locais. Sendo assim, esta luta está além da criação de leis. Aulas de sociologia e história sobre este tema nas escolas podem contribuir para a não alienação de boa parte da população, que, desta forma, será capaz de reconhecer vítimas de exploração, além de expor os casos para órgãos de cada país, como o Grupo Especial de Fiscalização Móvel no Brasil, cuja função é reprimir o trabalho escravo. A implantação de cursos profissionalizantes, através de acordos de empresas com os Ministérios da Educação e do Trabalho, pode garantir uma população mais qualificada que não necessitará se submeter a trabalhos precários e exploradores.