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Enviada em: 25/03/2017

Na Grécia Antiga, o trabalho braçal era sinônimo de inferioridade e era destinado aos escravos, uma vez que a elite deveria dedicar-se à vida política das cidades-estado. Similarmente aos moldes dos antigos gregos, no Brasil, o subjugamento dos menos favorecidos corrobora ao cerceamento dos direitos trabalhistas e à ineficiência na fiscalização, intitulando-se assim meios enérgicos ao fim deste retrocesso social.          Segundo o filósofo John Locke, todo homem tem o direito nato à propriedade privada, seja ela por bens materiais, seja pelo uso do próprio corpo. Todavia, em relação a este último, sem essa garantia natural de propriedade, qualquer indivíduo poderia ser escravizado. Com isso, a fim de preservar esses direitos trabalhistas, foi criado pelo Ministério do Trabalho a "lista suja do trabalho escravo" com o nome de empresas e patrões que submetem seus colaboradores a situações degradantes e, em casos, subumanas, o que induz a minimização desta prática escravocrata.         Além disso, a ineficiência na fiscalização é algo preocupante. Devido a extensão territorial do país e a ausência de fiscais permanentes, isto contribui ao uso de mão-de-obra em regime escravo, tanto no interior, quanto nos grandes centros urbanos. A exemplo, o trabalho doméstico, a construção civil e a agropecuária estão entre os setores mais afetados pelo trabalho forçado de trabalhadores com baixa escolaridade e de imigrantes, como bolivianos e haitianos, o que requer medidas sólidas a esta situação.          Diante dos fatos expostos, para erradicar a subserviência imposta a alguns trabalhadores do país é imprescindível ao Ministério do Trabalho o aumento dos postos de fiscalização permanentes nas áreas de maior incidência de denúncias com o intuito de auxiliar nos resgates àqueles. Somado a isso, aos gestores municipais, o investimento em centros de qualificação profissional, além da conscientização da população local, por meio das mídias, a fim de instruí-la a denunciar e conhecer os seus direitos, são meios indispensáveis ao fim dos resquícios do "presente de grego" escravocrata e a dignificação da função laboral do país.