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Enviada em: 25/03/2017

No século XIX, o Brasil foi o último país da América a abolir a escravidão. Na contemporaneidade, entretanto, o trabalho escravo ainda faz parte da realidade de milhares de indivíduos no país, expondo a urgente necessidade de mudanças nesse setor. Fatores de ordem econômica, bem como social, caracterizam o dilema vivido por esses trabalhadores.    De início, é importante pontuar os interesses financeiros envolvidos nessa problemática. Nesse sentido, à luz de Karl Marx, a busca incessante pelo lucro ultrapassa valores éticos e morais em um sistema capitalista. Esse fenômeno é observado no trabalho escravo, que é uma alternativa para alguns empreiteiros por não respeitar os direitos trabalhistas e representar menos despesas. Assim, segundo o Mistério do Trabalho, em 2015, cerca de 1000 trabalhadores se encontravam nesse quadro.    Outrossim, o trabalho escravo envolve, geralmente, pessoas em situação de risco social. Nesse contexto, pesquisas recentes do governo brasileiro mostraram que uma parcela dos trabalhadores em condições análogas à escravidão era imigrante e uma outra parte tinha idade inferior a 16 anos. A vulnerabilidade desses grupos na sociedade faz com que muitos sejam vítimas de trabalho forçado e/ou jornadas exaustivas.    É notória, portanto, a relevância de fatores econômicos e sociais na problemática supracitada. Nesse viés, cabe ao Estado, por intermédio dos órgãos responsáveis, promover uma intensa fiscalização em indústrias e postos de trabalho do país, além de aumentar as punições aos infratores. Tal medida pode ser efetivada por meio de investigações nesses locais e pela elaboração de leis que aumentem o tempo de reclusão e as multas àqueles que desrespeitarem a Constituição. Paralelamente, as escolas, em parceria com as ONGs, devem promover a inclusão e a conscientização de todos os cidadãos. A ideia é, a partir de projetos e de ações sociais nas periferias, minimizar as possibilidades desses indivíduos serem vítimas desse fenômeno. Somente assim, o Brasil conseguirá minimizar os casos de trabalho escravo e se tornar mais harmônico e coeso.