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Enviada em: 26/03/2017

Equação escravista    A escravidão era, originalmente, utilizada como uma forma de punição aplicada aos prisioneiros de guerra. Entretanto, com a chegada dos Europeus ao Novo Mundo, passou a ter uma função exploratória e, com isso, tomou proporções alarmantes. Mesmo após sua abolição em 1888, ainda enfrentam-se grandes desafios para coibir essa prática. Nesse sentido, a ganância dos exploradores, assim como, a falta de fiscalização, são os principais fatores nessa equação escravista.     O combate à escravidão encontra seu maior obstáculo no anseio dos exploradores em acumular cada vez mais riquezas. Isso fica evidente no contexto do ciclo do café brasileiro, que teve início no século XIX, onde o trabalho escravo alcançou seu auge no Brasil, no qual os cativos trabalhavam nas lavouras de café sem receber nada em troca. Desse modo, todo o lucro ficava com os latifundiários cafeeiros. Além disso, o tráfico negreiro proporcionava receitas exorbitantes aos comerciantes de escravos que os trocavam por cigarros e bebidas na África e vendiam por grandes quantidades de ouro na colônia. Sendo assim, essa ambição torna-se um grande desafio no combate à prática.     Ademais, a dificuldade em supervisionar todo o território brasileiro tem sido um grande impecílio na repreensão ao trabalho escravo. Isso ocorre porque o Brasil possui uma grande extensão territorial, uma das maiores do mundo, e a maior parte desse espaço é constituído por zonas de baixa densidade demográfica, principalmente nas áreas rurais do interior, onde ocorrem as atividades de agricultura, pecuária e extração de minérios, que, segundo o Ministério do Trabalho, possuem maior índice de trabalho escravo no país. Dessa forma a fiscalização torna-se mais difícil nessas áreas isoladas, pois há poucas pessoas nos arredores para denunciar a prática.     Logo, a cobiça dos aproveitadores aliada à complexidade de supervisionar as atividades escravistas ao longo de todo o território nacional têm sido grandes obstáculos para enfrentar essa problemática. Nesse sentido, para atenuar a situação, o MEC deve inserir no currículo escolar obrigatório disciplinas que visem à conscientização quanto ao trabalho escravo, através de palestras com a participação dos pais, debates e discussões, a fim de diminuir o surgimento de novos exploradores. Além disso, é preciso que o governo federal faça parceria com os municípios, de modo que sejam enviados mais fiscais para áreas isoladas onde ocorrem atividades suspeitas. Além disso, deve-se aumentar o financiamento de ONGs especializadas no combate ao trabalho escravo. Dessa forma, será possível minimizar esse problema e construir uma sociedade mais justa e consciente.