Materiais:
Enviada em: 28/04/2017

Segundo René Descartes, "Não existem métodos fáceis para resolver problemas difíceis". Todavia, não basta sair da inércia, isto é, é preciso ter prudência e, dessa forma, promover medidas que busquem eficazmente acabar com o problema do trabalho escravo no Brasil. Desse modo, percebe-se que tanto no âmbito rural quanto urbano ocorre esse tipo de exploração.    Em primeira análise, cabe pontuar que mesmo após a abolição da escravatura no século XIX, o trabalho escravo ainda é uma realidade no âmbito rural. Comprova-se isso, pois, segundo dados do IBGE de 2016, o maior número de trabalhadores resgatados em situações de escravidão vêm de zonas rurais. Isso ocorre porque dependendo da localização geográfica, fica difícil fazer denúncias e fiscalizações, facilitando, assim, a exploração dessas pessoas sem que ninguém tenha conhecimento. Dessa forma, esses indivíduos trabalham de maneira exaustiva, prejudicando sua saúde física e mental em troca, apenas, de comida e abrigo para continuarem executando suas tarefas.    Ademais, convém frisar que em muitas cidades há esse tipo de trabalho análogo ao da escravidão. Isso se torna evidente, pois, segundo da revista Carta Capital de 2015, foram resgatados trabalhadores em situação degradante de exploração em oficinas têxteis na região central de São Paulo. Esse tipo de circunstância se torna uma realidade porque muitos empregadores vão em locais pobres em busca de pessoas para trabalhar, os forçando a fazerem dividas que dificilmente podem ser pagas. Com isso, esses indivíduos ficam dependentes do seu patrão, sendo forçados a oferecerem sua mão-de-obra.    Medidas, portanto, são necessárias para atenuar a problemática. Inicialmente, o Ministério do Trabalho e do Emprego deve fazer mais fiscalizações, de maneira mais rígida e precisa nas zonas rurais do país. Além disso, é preciso que a população auxilie ONGs e, em parceria, utilizem a mídia para alertar as pessoas a fazerem denuncias, quando se depararem com esse esse tipo de exploração, que avilta com a dignidade humana. Em soma, para se ter um resultado eficaz, o Ministério da Justiça precisa criar leis mais severas para lidar com esse tipo de crime, pois como já disse Foucault, "A punição tem caráter educativo". Dessa maneira, com a utilização desses métodos, será possível resolver o problema.