Materiais:
Enviada em: 29/03/2017

A escravidão no Brasil ocorreu no período da colonização, quando os portugueses exploravam a mão de obra indígena e africana, e foi abolida no ano de 1888 através da Lei Áurea. Porém, ainda hoje nota-se a ocorrência de trabalho análogo à escravidão e grande dificuldade no combate desta problemática, visto que o alvo está preso no ciclo da escravidão moderna e a fiscalização é insuficiente.      A vítima deste tipo de trabalho apresenta características de pobreza, pouca ou nenhuma escolaridade e falta de qualificação profissional e cidadã. Então, o alvo se desloca de sua cidade natal em busca de emprego e melhores condições financeiras, mas através de falsas ofertas de emprego é imerso na atividade exploratória, em precárias condições trabalhistas. No entanto, uma vez livre desta situação, o indivíduo tende a voltar para o cenário de miséria que se encontrava antes, uma vez que não existem políticas públicas de amparo e suporte as comunidades afetadas pelo trabalho escravo, logo se inicia um ciclo.      Além disso, o governo detém de poucos recursos para que os fiscais possam chegar a tempo de declarar o flagrante depois que a denúncia é feita, pois em muitos casos, os alojamentos que abrigam estes trabalhadores estão situados em regiões remotas e de difícil acesso. Ademais, a lista suja, que divulgava a cada seis meses o nome de empresas envolvidas na escravidão contemporânea, foi suspensa, evitando o boicote da sociedade civil a essas companhias.     Assim sendo, os desafios de combater o trabalho análogo à escravidão são a falta de recursos e fiscalização do governo e também o circuito vicioso da escravidão. Portanto, o ministério do trabalho deve investir em políticas que auxiliam o corpo social vítima desta injúria, através de qualificação, oportunidade de emprego e dignidade, a fim de interromper este ciclo. Somado a isso, intensificar a fiscalização das leis trabalhistas, contratar mais ficais e reformular as multas e pena para o descumprimento das mesmas.