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Enviada em: 31/03/2017

É prolixo o índice de escravidão no mundo contemporâneo. Pesquisas revelaram que somente no Brasil trabalham cerca de 25 a 100 mil pessoas em situação degradante, principalmente em Minas Gerais. Entre estes dados ressaltam-se o número de crianças e adolescentes de 13 a 18 anos que vivem nessas situações escravistas, além de imigrantes que são enganados e trazidos para serviços indignos, o que torna necessária a discussão de medidas que resolvam definitivamente a questão.         As Grandes Navegações europeias e posteriormente o descobrimento do Brasil, impulsionaram a escravização de índios e africanos como mão de obra para a retirada de pau-brasil. Atualmente, mesmo com a promulgação da Lei Áurea que "acabou" com a escravidão no Brasil em 1888, muitas pessoas sofrem de maneira desumana, inclusive crianças e adolescentes que crescem, na maioria dos casos, separados da família e sofrem coerção e violência, dificultando as denúncias. Aliás, imigrantes são persuadidos com falsas promessas de salário, sendo característica de uma escravidão disfarçada no século XXI.         Entretanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. Mesmo com as leis vigentes, a escravidão de crianças, adolescentes e imigrantes, em ramos como agricultura e pecuária são exorbitantes, cerca de 32,84%, em condições degradantes de trabalho, jornada exaustiva e cerceamento de liberdade, levando-os a contrair doenças, a limitar suas forças e a retirar do trabalhador sua dignidade, expondo-o a riscos mentais e físicos.          Torna-se evidente, portanto, que os parâmetros da conjuntura atual precisa ser revertidos. Em parceria com ONGs, o Ministério do Trabalho e do Emprego deve contratar mais funcionários para fiscalização dentro e fora das empresas com propagandas e sites que realizem denúncias anônimas preservando a identidade do cidadão. Além disso, a Polícia Civil deve fazer mais patrulhas, tanto na área urbana quanto na área rural, a fim de investigar e se preciso punir, com a prisão de acordo com as leis. De acordo com Immanuel Kant: "O ser humano é aquilo que a educação faz dele". Assim sendo, o MEC instituirá palestras ministradas por psicólogos e policiais, alertando sobre a importância da conscientização de que todos são iguais e que merecem ter uma vida digna e saudável, além de esclarecer as leis e suas punições. Dessa forma, pode-se fazer com que o índice de escravidão se torne apenas dado estatístico do passado.