Enviada em: 08/04/2017

A escravidão é um elemento que está presente no Brasil desde o Período Colonial, época na qual a mão de obra escrava era utilizada amplamente nas lavouras canavieiras, sendo legalmente abolida em 1888, através da Lei Áurea. Atualmente o trabalho análogo ao escravo é condenado pela Constituição brasileira, porém ainda é possível observar a presença do mesmo, principalmente em virtude da desigualdade social e da insuficiência e inequação da fiscalização.           O baixo nível de escolaridade da população carente apresenta uma barreira à obtenção de um trabalho de boa qualidade, fazendo com que grande parte das pessoas detentoras de baixa renda, independente da idade, sujeitem-se a condições degradantes de serviço e a jornadas exaustivas para poderem garantir o mínimo sustento pessoal ou familiar. Segundo o Ministério do Trabalho, mil e cem trabalhadores foram resgatados em condições semelhantes à escravidão, sendo que grande parcela desses era composta por crianças e adolescentes. Essa grande quantidade de jovens explorados torna essa situação um ciclo: a privação do acesso à educação, em decorrência da necessidade de se submeter ao labor muito cedo, impede a ascensão social e, consequentemente, a obtenção de melhores condições de vida e de trabalho.           Ademais, o combate à escravidão é dificultado pela baixa fiscalização existente e a irregularidade da mesma. Isso ocorre pois grande parte da população desconhece que essa problemática ainda é vigente no Brasil ou porque não se reconhece em uma situação exploradora, devido à falta de acesso informação, fazendo com que o número de denúncias realizadas seja muito baixo. A corrupção dos fiscais por donos de empresas aumenta o não cumprimento da lei, contribuindo para a permanência do trabalho escravo na sociedade.         Portanto, para minimizar a exploração trabalhista e assegurar mais direitos aos trabalhadores, melhorando a sua condição de vida e de trabalho, sã necessárias algumas medidas. Nesse sentido, à luz do pensamento do filósofo Immanuel Kant, a educação e a informação são os principais meio de mudança da sociedade. Logo, cabe à mídia, por meio da publicidade, a promoção de campanhas educativas que incentivem a realização de denúncias contra o trabalho escravo e irregularidades fiscais, influenciando a população a participar desse combate. O Ministério do Trabalho, em parceria com o Ministério da Educação e com grandes empresas, pode fornecer cursos técnicos gratuitos em regiões carentes, a fim de qualificar a mão de obra e garantir oportunidades a essa parcela da população.