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Enviada em: 01/05/2017

É notável que o trabalho escravo é um problema bem conhecido pela sociedade. Durante boa parte da história da humanidade essa forma de trabalho era legítima e empregada em, praticamente, todos os povos que já existiram na Terra. No século XXI esse problema persiste, no entanto, possui outras causas e outros interesses, e não apenas o desejo de fazer o inimigo sofrer.     Foi com a crise do capitalismo na década de 70 que surgiu um novo estilo de capitalismo. Houve o surgimento da automação, novos métodos de produção e uma nova organização do trabalho. Surgia o neoliberalismo que reduziu a participação estatal nas grandes companhias, resultando na hegemonia do setor privado na economia mundial. Esses grandes detentores de capital viram nos países em desenvolvimento -  como é o caso do Brasil - mais uma oportunidade de expandir seus negócios e gerar lucro.    A nova fase do capitalismo não chegou até esses países que possuíam diversos problemas socioeconômicos e políticos, porém, tinham muita mão de obra desqualificada, perfeita para trabalharem em fábricas e outros setores da economia, sendo submetidos à longas jornadas de trabalho, má remuneração e negligenciação dos direitos trabalhistas. Logo, tornou-se evidente uma dominação dos países desenvolvidos sobre os subdesenvolvidos, cujo órgãos políticos e econômicos eram controlados de acordo com os interesses dos grandes empresários, que por sua vez, provocaram essa precarização nas relações trabalhistas em virtude do lucro.     Nota-se que as economias mais pobres são esmagadas pelos mais ricos, sendo induzidos à força a passarem por esse retrocesso socioeconômico. Uma vez que sua economia está estagnada, entretanto, possui mão de obra e recursos naturais - situação vivida por muitos países da África -, os sanguessugas capitalistas são atraídos e deixam um rastro de miséria e desigualdade quando exploram os trabalhadores com trabalhos análogos à escravidão.     Portanto, é evidente que a camada mais pobre da população é a que sofre as consequências e são submetidos a esse tipo ilegítimo de trabalho, já que não possuem qualificação e muito menos serviços sociais básicos, logo, submetem-se à essas condições apenas para sobrevivência. Dessa forma, o governo deve propiciar, primordialmente, educação e outros serviços como saúde e saneamento, para em seguida permitir a qualificação dos trabalhadores do país, que impulsionará o desenvolvimento econômico. A partir disso, a suscetibilidade de existir trabalhadores em condições de escravidão se torna muito pequena, uma vez que sua força de trabalho é qualificada e bem estruturada socialmente.