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Enviada em: 22/05/2017

388 anos. Esse foi o tempo que o Brasil levou para abolir sua escravidão, uma vez que esta era praticada desde o descobrimento do país, por parte dos colonos para com os indígenas. Todavia, apesar de a Abolição da Escravatura ter sido assinada em 1888 pela Princesa Izabel e cem anos depois ter sido reiterada na Constituição Brasileira a proibição dessa prática, ainda é possível verificar a reificação dos trabalhadores nos dias de hoje, ou seja, a desumanização deles, aderindo-os apenas como peças do sistema de produção.        Em princípio, a história da escravidão foi iniciada por meio das diásporas que ocorriam nos séculos passados. No cenário atual, a situação tende a ser parecida, uma vez que grande número de “escravizados” são refugiados e imigrantes. Isso ocorre pelo fato de esses grupos de pessoas aceitarem trabalhos em condições relacionadas à escravidão, com o abuso dos patrões, a exploração por longas jornadas de trabalho e a péssima condição do local de trabalho, uma vez que esses grupos recém-chegados ao novo território necessitam garantir, de alguma maneira, sua subsistência.        Por outro lado, há também os casos relacionados às famílias carentes, que, na maioria das vezes, podem vir a aceitar condições insalubres para manter suas famílias. Com a crise econômica que envolve o país no decorrer dos anos, verifica-se que o governo cada vez mais retira ou diminui de seus custos a ajuda antes dedicada às famílias pobres. A partir dessa situação, muitas famílias se infiltram em todo e qualquer tipo de trabalho para se manterem, e, na maioria dos casos, há não apenas a exploração com o trabalho escravo, mas também com o trabalho infantil.        Logo, é possível verificar que o trabalho escravo, ainda que mesclado, encontra-se presente em nossa sociedade. Assim, cabe ao governo implantar uma fiscalização mais eficiente com relação aos direitos humanos e ao cumprimento da lei que abomina qualquer tipo de prática análoga ao trabalho escravo, bem como garantir os direitos previstos na Consolidação das Leis Trabalhistas. Além disso, a escola também deve trabalhar para uma melhor preparação de seus estudantes, bem como realizar atividades extracurriculares a fim de incentivar crianças e adolescentes a um aprendizado maior, pois, como foi afirmado por Paulo Freire: “a educação é o principal fator que muda a sociedade.”