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Enviada em: 25/05/2017

Historicamente o processo de construção do Brasil se deu de maneira demasiado excludente, a considerar a sua natureza de colônia de exploração, fundamentada com base na escravatura. Nessa continuidade, ainda no século XXI, persiste a sujeição de pessoas que trabalham de modo análogo a escravidão, sem quaisquer guarda das leis trabalhistas.   A princípio, deve-se salientar que em nosso país, desde a Abolição da Escravatura(1888) até a contemporaneidade, houveram quase sempre tímidos progressos em políticas de inclusões sociais. Basta observar os números de favelas, as taxas elevadas de concentração de renda e trabalhos informais. Logo, no Brasil, tornou-se cotidiano o aumento da indignidade e da falta de direitos humanos no trabalho de muitos brasileiros, resultado da obsolescência estatal em políticas de ações afirmativas.   Esse quadro também é observado quando nos deparamos com a realidade no meio rural. Os trabalhadores assalariados que possuem vínculos empregatício e regulado pela CLT são ínfimos quando comparados com os "bóias-frias'' que residem nas periferias urbanas e recrutados pelos "gatos"(agenciadores intermediários) da qual não possuem nenhuma garantia trabalhista legal, há também a escravidão por dívida que revela um modo desumano de vida e é comum a muitos estados brasileiros. Em suma, tudo isso ressalta a impunidade de instituições policiais e judiciárias que são precárias, omissas ou coniventes com essa realidade, o que atenta contra o Estado de Direito.   Nesse contexto, tais trabalhadores necessitam de aperfeiçoamento da estrutura estatal(órgãos como Ministério do trabalho e da Justiça) para melhorar o sistema de fiscalização, criações e aplicações de leis para a diminuição da impunidade em processos legais. A mídia é, também, um agente poderoso para a divulgação dessa barbárie por meio dos veículos de comunicação de massa.