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Enviada em: 21/05/2017

O modelo de trabalho escravo esteve extremamente presente na história do país desde o início da colonização portuguesa, criando marcas profundas na sociedade brasileira. Essa modalidade de trabalho foi proibida em 1888 por meio da Lei Áurea, porém, ainda mostra-se presente no Brasil. Com a finalidade de acabar com esse tipo de exploração, a análise das causas para que tal situação ainda esteja presente no país é de extrema importância.    Primeiramente, deve-se levar em conta os baixos níveis de escolaridade de uma parte significativa da população brasileira, majoritariamente pobre. A baixa escolaridade, que impede essas pessoas de encontrarem empregos de qualidade, unida à uma situação de altas taxas de desemprego no país, faz com que as mesmas se submetam a condições precárias de vida e trabalho visando o sustentamento da família. Essa realidade acaba se tornando um ciclo, visto que as crianças dessas mesmas famílias também não possuem oportunidades de ascensão social, mostrando que há uma relação forte entre o trabalho ilegal e a falta de infraestrutura presente em diversas regiões brasileiras.    Outro impasse que contribui para a permanência de condições análogas à escravidão no Brasil é a baixa fiscalização. Essa inspeção insuficiente se dá pela corrupção de fiscais por proprietários de empresas que realizam esse tipo de trabalho e pela falta de conhecimento de uma maioria da população sobre a permanência dessa problemática, fazendo com que o número de denúncias seja muito baixo.     Por isso, o combate ao trabalho escravo no país deve ser uma das prioridades não só do Estado, mas também da sociedade brasileira. Para isso, é importante que haja uma ampliação do acesso à escolas públicas em todas as regiões do país por meio do Governo Estadual e Municipal, visando uma maior qualificação e escolaridade da parcela mais pobre da população. Também se mostra extremamente necessária uma investigação de fiscais responsáveis pela inspeção de condições irregulares de trabalho pela Polícia Federal e pelo Ministério Público do Trabalho e pela criação de campanhas publicitárias que busquem informar a população sobre a persistência desse problema e incentivar a realização de denúncias contra o trabalho escravo. Assim, pode-se haver um combate efetivo à escravidão no país, assegurando o bem estar do trabalhador e o cumprimento das leis nacionais.