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Enviada em: 21/05/2017

O trabalho escravo nos dias atuais Quando falamos sobre escravidão, a primeira lembrança que temos é o aprisionamento de africanos forçados a trabalhar para proprietários de lavouras, realidade essa que se manteve até o final do século XIX e teve sua prática considerada ilegal com a promulgação da Lei Áurea em 1888. Após 129 anos da abolição da escravatura, ainda nos deparamos com dados alarmantes sobre condições degradantes de trabalho em diversas regiões do país, como o uso de mão de obra de analfabetos, imigrantes latino-americanos e formas de trabalho mais prevalentes como em fábricas de confecções de roupas na região Sudeste e na agricultura nas regiões Norte e Centro-oeste, áreas que se tornam estratégicas devido ao difícil acesso e afastamento de centros urbanos, impedindo assim uma fiscalização efetiva.  Para combater esse tipo de prática, diversos órgãos têm se mobilizado na tentativa de erradicar esse tipo de situação. Uma dessas medidas foi tomada pelo Ministério do trabalho que criou dentre outras estratégias, a " ficha suja" que lista empresas e empregadores flagrados em condições análogas à escravidão, impedindo que bancos forneçam linha de crédito e empréstimos. Também foi criado pela Secretaria Especial de Direitos Humanos, o Plano para Erradicação do Trabalho Escravo, que já se encontra na segunda edição.  Tais medidas nos fazem refletir o quanto essa temática ainda é tão atual e preocupante e o quanto é preciso medidas mais efetivas e rígidas, com fiscalizações mais frequentes principalmente em regiões afastadas, ações mais conjuntas das Secretarias de Trabalho, Justiça e Cidadania e dos Direitos Humanos, com penalidades mais rigorosas e campanhas para conscientização da população da importância da denúncia e do não consumo de produtos resultantes desse tipo de serviço.  O escravismo é considerado uma violação grave aos direitos humanos, no sentido de explorar e privar o ser humano do exercício de sua liberdade.