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Enviada em: 04/06/2017

É indiscutível que o combate ao trabalho escravo no Brasil representa um desafio a ser enfrentado de forma mais organizada e urgente em nossos dias. Isso se evidencia não apenas pela cultura de dominação de raças herdadas desde o tempo de colônia, como também pela falta de um posicionamento mais ativo do governo na proteção e controle das relações de trabalho.       O escravismo, considerado uma grave violação aos direitos humanos, entrou em nosso país no início do século XVI, com a chegada oficial da colonização portuguesa. Índios e, principalmente, negros foram subjugados ao trabalho extenuante para enriquecer a metrópole. Mesmo com a Lei Áurea, assinada no final do século XIX, a abolição da escravidão  não se concretizou plenamente, perpetuando essa atividade até os dias atuais.        Hoje essa prática existe na clandestinidade, muitas vezes travestida com traços de relações legais de trabalho como a remuneração. Operários são atraídos por propostas de emprego e, depois, submetidos a condições subumanas e degradante, sem a proteção das leis e do Estado. De acordo com o Ministério do Trabalho, desde 1955, mais de 50 mil trabalhadores foram resgatados de alguma forma de escravismo. Número expressivo, mas outros tantos permanecem submetidos a esse flagelo da humanidade.         Nesse sentido, o combate ao trabalho escravo no Brasil precisa ser abordado de forma enérgica e eficiente. O poder legislativo deve editar Lei que puna com mais rigidez aqueles que submetem alguém ao trabalho desumano, a fim de inibir essa prática. O Governo, através do Ministério do Trabalho, deve aumentar a fiscalização de postos de trabalho para identificar os culpados e aplicar a legislação , além de veicular companhas informativas na mídia, com o intuito de alertar e conscientizar a população sobre o problema. Assim, caminharemos rumo a  uma sociedade inclusiva com trabalho justo e humano para todos.