Materiais:
Enviada em: 08/07/2017

Não é difícil lembrar de notícias sobre indivíduos sendo submetidos a atividades laborais análogas a escravidão. Essa notícia tornou-se frequente nos dias de hoje, visto que vivemos em uma sociedade em que a crise econômica leva as pessoas sujeitarem-se a esta situação e não há uma fiscalização eficaz do cumprimento das leis trabalhistas.        Um dos tópicos que devem ser abordados é os altos índices de desemprego das sociedades contemporâneas. A diáspora que ocorreu durante a colonização dos países americanos foi um marco na expansão do mundo moderno, neste período milhares de negros do continente africano foram obrigados a trabalhos escravos. Apesar, deste episódio ter ocorrido em um passado distante, a prática da escravidão ainda é um problema atual; nesse contexto, o desemprego tem contribuído ativamente. Entre os setores que podemos encontrar esta conjuntura, destacam-se as atividades agropecuárias, em que indivíduos, muitas vezes, são seduzidos por promessas de trabalho e devido a dívidas que adquirem, como aluguel e alimentação, são obrigados a trabalhar sem receber o pagamento.      Ademais, não há dúvidas que as leis criadas para impedir as práticas escravistas não são suficientes. Durante a primeira e segunda revolução industrial, nos séculos XVIII e XIX respectivamente, os operários eram submetidos a longas jornadas laborais, somado aos mínimos salários que não os permitia comprar os produtos da sua força de trabalho. No Brasil, não foi diferente as condições insalubres, dentro das fábricas, perdurou por muitos anos até a consolidação da leis trabalhistas, criadas pelo presidente Getúlio Vargas. Embora, a criação desse conjunto de leis tenha permitido a diminuição do trabalho escravo, ainda, nos dias de hoje, é possível encontrar esse cenário. É indubitável dizer que a fiscalização encontre barreiras, seja pela localização, muitas vezes em áreas rurais, dificultando o acesso, ou pela falta de denúncias de indivíduos que são coniventes com tais práticas.           Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. Em primeiro lugar, deve haver a criação de um departamento na polícia civil que tenha como objetivo identificar indivíduos responsáveis por ludibriar trabalhadores, com oportunidades de emprego, que posteriormente serão vítimas de trabalho escravo. Dando continuidade, a justiça do trabalho junto as mídias devem criar campanhas publicitárias, na TV e internet, estimulando a denúncia de condições escravistas. E por fim, aliado a promoção de denúncias, a justiça do trabalho deve criar um canal de telefone, que permita a população realizar essas denúncias. Só assim um problema tão antigo deixará de fazer parte da realidade contemporânea.