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Enviada em: 20/07/2017

Já no início do Brasil Colônia instalou-se no país a escravidão. Essa foi abolida formalmente no final do século XIX, no entanto, pessoas de todas etnias ainda são submetidas à condições análogas a de escravos. O não cumprimento das leis trabalhistas por parte de alguns empregadores aliado à inconsciência da população que entende a escravidão como uma problemática totalmente erradicada, tornam o combate ao trabalho escravo um verdadeiro desafio.       É possível observar que, no século XVI, a prática escravista contava com aval legislativo e religioso. Hoje, porém, mesmo com as leis trabalhistas que declaram repúdio a quem submete o trabalhador a condições precárias, o problema persiste. Segundo dados do Ministério do Trabalho aproximadamente dois terços dos casos de infração registrados ocorrem em plena área urbana. Ou seja, o empregador infracional não teme a fiscalização. Com esse descaso e desrespeito em relação à lei, é uma negligência assumir que os trabalhadores desse contratante são respeitados.       Além disso, por conta da escravidão ser um fator histórico importante, as pessoas já discutiram sobre o tema em algum ponto de suas vidas e, geralmente, concluíram que tal crueldade não pode se repetir, uma vez que o período foi superado. Infelizmente, essa constatação é ingênua, pois, como disse Confúcio: " Se quer prever o futuro, estuda o passado". Essa certeza de que a temática não é pertinente, torna a população cega e incapaz de identificar e, consequentemente, denunciar casos de trabalhos abusivos. Dessa forma, a sociedade permite, mesmo que indiretamente, o trabalho precário.       Com a finalidade de solucionar essa questão, portanto, é necessário que o poder legislativo imponha penas ainda mais pesadas ´àqueles que promovem o trabalho escravo. Dessa forma, o descaso dos infratores será finalizado. É importante também que a mídia, por meio da dramaturgia, aborde a questão da escravidão também no âmbito atual. Nessa linha, a maior parte da população será conscientizada e passará a contribuir para a fiscalização e eventual erradicação desse crime.