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Enviada em: 12/08/2017

Escravos modernos     Durante boa parte da História, o trabalho foi visto como expressão da miséria humana. Na Grécia antiga, tudo que se destinava a produção ficava a cargo dos escravos. Outrossim, o processo de formação do Brasil é marcado pela utilização de mão de obra escrava e embora a abolição tenha decretado o fim do direito de propriedade de uma pessoa sobre outra, essa exploração ainda hoje pode ser observada, em razão da instabilidade econômica e deficiência na fiscalização.     A escassez de oportunidades, normalmente, é decorrente da baixa escolaridade associada às constantes crises econômicas. Esse fato faz com que o cidadão submeta-se a um trabalho mal remunerado, com cargas horárias exaustivas, pois esta parece ser a única alternativa para sustentar a si e a sua família. Retratando uma situação de vulnerabilidade econômica que torna o trabalhador alvo fácil de exploração.      Além disso, a escassez de divulgações - mais abrangentes - sobre esse problema nacional nos meios de comunicação, faz com que boa parte da população o desconheça e como consequência, o número de denúncias seja muito pequeno. Isso favorece a ação de empregadores que corrompem a baixa fiscalização e fomentam o não cumprimento das leis com discursos nos quais afirmam que os trabalhadores estão acostumados e que o trabalho oferecido é melhor ou igual a miséria em que viviam.         Dessa forma, fica evidente que ações com a finalidade de respeitar os direitos dos trabalhadores são urgentes. Assim, o Ministério do Trabalho deve realizar fiscalizações regulares, acompanhadas de condenações criminais e confisco das propriedades, a fim de repreender o crime. Depois,  a mídia pode divulgar campanhas - do Ministério do Desenvolvimento Social - que incentivem denúncias dos casos. Por fim, cabe ao Ministério da Educação oferecer uma educação de qualidade e acessível para todos. Pois, de acordo com Nelson Mandela, a arma mais poderosa para mudar o mundo é a educação.