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Enviada em: 17/07/2017

É indiscutível que o trabalho escravo representa um desafio a ser enfrentado de forma mais organizada e urgente nos dias atuais. Isso se evidencia não só pelo alarmante número de brasileiros trabalhando em condições subumanas, como também pelos fatores e antecedentes históricos que contribuíram de forma decisiva para a persistência dessa prática.    Atualmente, estima-se que existam no Brasil, entre 25.000 a 100.000 pessoas trabalhando de forma análoga à escravidão, em condições extremamente degradantes e em ambientes insalubres. Soma-se a isso, o expressivo número de crianças e adolescentes submetidos a tais situações e a exaustivas jornadas de trabalho, podendo muitas vezes prejudicar as saúdes física e mental das vítimas.    Nesse sentido, esses aspectos representam os reflexos da estrutura social de uma nação historicamente marcada pela crueldade e o preconceito, remontando à sociedade brasileira escravista dos século XVI ao XIX. Essas marcas, ainda que discretas, permanecem enraizadas no tecido social contemporâneo e fazem necessária uma solução imediata para essa problemática.    Faz-se imprescindível, portanto, que o Governo Federal intervenha, aumentando a fiscalização nos locais de trabalho e estabelecendo leis com punições mais severas aos infratores. Segundo o filósofo Immanuel Kant, "O ser humano é aquilo que a educação faz dele", sendo assim, o MEC deve se encarregar de criar campanhas nas escolas que tratem da importância dos direitos humanos, através de palestras, a fim de que se construa, aos poucos, uma sociedade cada vez mais distante daquela apresentada nos livros de história.