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Enviada em: 07/08/2017

No Brasil, apesar de desumana,a escravidão foi essencial para a sua formação econômica,sendo utilizada como mão de obra primaria durante todo o período colonial ,e durante boa parte do período regencial, sendo usada nas plantações de açúcar, e na primeira fase do café, sendo abolida apenas com a lei áurea em 1888. Contudo, apesar de ser criminalizada, a escravidão ainda existe devido a fatores como a desigualdade social e a falta de fiscalização.    Os escravos do período colonial eram abusados pelos seus senhores do engenho, sofrendo com precariedades em diversas áreas, devido a sua posição social inferior. A escravidão contemporânea não se difere da escravidão do período moderno, onde pessoas são submetidas ao trabalho em áreas como a manufatura de tecidos ou trabalhos no campo, em condições de trabalho subumanas, sem acesso à água potável, com acomodações precárias e com cargas horárias que ultrapassam quatorze horas diárias. Isso ocorre devido a falta de informação por parte do abusado, que muitas vezes é um semi-analfabeto que não conhece os seus direitos trabalhistas, e pensa que a sua situação como escravo não é anormal.    Segundo a carta universal dos direitos humanos, feita pela Organização das Nações Unidas(ONU) em 1948, ninguém deve ser mantido em escravatura ou em servidão. Entretanto, nos dias atuais isso não ocorre, pois não há uma fiscalização especifica ao escravismo. No Brasil, essa fiscalização não é feita por algum órgão governamental específico, e sim pela Policia Federal, que apesar de ter uma certa eficiência, como visto na libertação de bolivianos trabalhando como escravos no setor têxtil, em São Paulo no ano passado, essa não tem capacidade de fiscalizar o Brasil Inteiro, se restringindo a áreas urbanas.    Portanto, se ações não forem tomadas, o estado de trabalho escravo continuará a existir, mesmo depois um século de abolição. Para encerrar o trabalho escravo no século XXI, deve-se educar melhor a população brasileira, para essa saber seus direitos trabalhistas e quando estão sendo tratados de maneira análoga a escravos num trabalho. Isso pode ocorrer por meio da mídia, novelas podem mostrar o trabalho escravo atual, e o seu combate. As aulas sobre o direito trabalhista criado por Getúlio Vargas devem ser aprofundadas melhor no ensino fundamental, mostrando sua importância histórica e a relacionando aos dias atuais. A fiscalização sobre a escravidão pode ser incrementada, seja por aumento de operações anti-escravistas da Policia Federal, ou até mesmo a criação de um órgão fiscalizador especifico a escravidão, que pode ser criado pelo ministério do trabalho.