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Enviada em: 10/08/2017

Conforme o Artigo 3 da Declaração Universal dos Direitos Humanos, ninguém será mantido em escravidão ou servidão; a escravidão e o tráfico de escravos serão proibidos em todas as suas formas. Todavia, o comportamento de inúmeros brasileiros vai de encontro aos ideais da declaração, sobretudo quando se analisa a persistência do trabalho escravo no Brasil. Nessa perspectiva, é lícito ponderar sobre a desigualdade social e a insuficiência de fiscalização. De início, convém ressaltar as diferenças nas estruturas sociais. Isso porque o baixo nível de escolaridade de algumas pessoas as impede de conseguir um trabalho de qualidade. Prova desse cenário pode ser observada através de um dado do IBGE, que indica que a taxa de desemprego nacional chegou a 11,8%. Sendo assim, fica evidente que vários indivíduos sujeitam-se à atividades mal remuneradas e cargas horárias excessivas para garantir o sustento familiar. Ademais, vale destacar a ineficiente fiscalização existente e sua irregularidade. Sabe-se que boa parte da população desconhece esse problema e, como consequência, o número de denúncias realizadas é baixo, bem como a corrupção dos fiscais pelos donos das empresas e o não cumprimento das leis. Logo, medidas são urgentes para transcender essa questão no país. Com a finalidade de atenuar a questão do trabalho escravo ainda existente no território brasileiro, a mídia tem o dever de promover campanhas educativas que incentivem a realização de denúncias contra essas irregularidades com o intuito de que a população auxilie no combate. Além disso, a sociedade deve demonstrar mais interesse nos cursos técnicos gratuitos que o governo oferece a fim de se qualificar e garantir oportunidades de emprego. Afinal, como ponderou o músico Criolo em uma de suas canções, “ainda há tempo”.