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Enviada em: 02/09/2017

Os novos negros do Brasil     Com a assinatura da lei Áurea, em 1888, acreditou-se que se poria fim à escravidão no Brasil. Entretanto, novas formas de trabalho escravo começaram a aparecer, é o que se chama de trabalho análogo à escravidão. Nele, encontram-se, predominante, crianças, adolescentes e imigrantes, que, por sua vez, são, em sua maioria, ilegais. O problema brasileiro está em fiscalizar os locais de trabalho, devido à grandeza territorial do país.      Trabalhos análogos à escravidão se tratam de uma forma de trabalho em que os empregados são expostos a longas jornadas de trabalho, em locais com condições insalubres, com baixos salários e na qual o empregador utiliza-se de diversas maneiras para manter o trabalhador no local de trabalho, como a violência e ameaças.     Muitas vezes, esses trabalhadores não têm consciência da condição de trabalho a qual estão sujeitos. Por meio da alienação, os patrões conseguem eliminar suas concepções de trabalho escravo, alegando que os estão ajudando, fornecendo-lhes o mínimo de alimentação e conforto. Outros, porém, como no caso das crianças, por nascerem inseridos nesse meio acabam por acreditar que sua condição de vida é normal. Isso faz com que os empregados não reclamem de seu trabalho e nem busquem por melhores condições.     A continentalidade do Brasil facilita a existência de fábricas de roupas clandestinas, mineradoras e fazendas que utilizem o trabalho escravo sem que sejam fiscalizadas. Apesar da lei punir formas de trabalho análogo à escravidão, o governo tem dificuldade em alcançar esses locais. Além de a falta de uma fronteira segura favorecer a entrada de imigrantes ilegais que passam a compor essas corporações.     Portanto, o governo deve aumentar a fiscalização, principalmente na região norte e no interior do país e de seus estados, enviando expedições, frequentemente, para acabar com essa forma de trabalho e regulamentar a situação dos imigrantes, além de colocar as crianças em escolas. Cabe às ONG's auxiliar na inserção dessas pessoas, por meio de projetos que levem a educação e a informação pra os locais mais longínquos. Já à mídia, cabe a função de expor sobre o trabalho escravo na atualidade e incentivar a população a denunciar qualquer suspeita de escravidão.