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Enviada em: 26/09/2017

Em pleno século XXI, o Brasil ainda enfrenta situações análogas à escravidão, tendo a maior concentração de casos em Minas Gerais. Atualmente, as pessoas que são submetidas a trabalhos forcados não são mais pessoas trazidas à força como no Brasil colonial, mas sim pessoas que buscam uma vida melhor fora de sua terra.      Esses indivíduos que acabam passando por condições semelhantes à de escravos, são, em sua maioria, bolivianos, colombianos, chineses, peruanos e haitianos. Eles saem de seu país de origem e vem em busca de “fazer a América”, ou seja, viver em condições melhores e arranjar um emprego. Ao chegar no Brasil eles trabalham na extração de minério, construção civil, agricultura e pecuária, mas como vêm de seus países sem nenhum recurso, eles são colocados em relações onde são cobrados dos “empregadores” que não os pagam com dinheiro, fazendo com que acumulem dívidas e não comprem em outros locais (normalmente eles ficam em regiões muito ermas, distantes dos centros das cidades). Com o aumento exponencial da divida, eles se tornam escravos modernos.     Sendo o Brasil a ultima nação ocidental a revogar a escravidão oficialmente, e com a entrada de pessoas que precisam sobreviver e fogem dos países de origem sem perspectivas no trabalho cria-se uma bola de neve onde a situação atual só piora.      Portanto, os desafios do combate a este trabalho são as dimensões continentais do Brasil, a necessidade de aprovação da PEC do trabalho escravo (PEC 57-A/1999), o controle do Ministério do trabalho e emprego (MTE) sobre empresas e empresários que vem nesta relação “empregado/escravo”. É necessário o ser humano entender que todos precisam receber pelos seus esforços e ter a dignidade de serem considerados “Homens Livres” com seus direitos salvaguardados.