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Enviada em: 21/09/2017

O trabalho escravo teve origem há séculos atrás e ocorreu principalmente entre o Brasil e a África, mas muitos trabalhadores estão em situação de escravidão ainda hoje, principalmente entre a população mais carente e que não conhece as leis trabalhistas vigentes em nosso país. Uma questão cultural atrapalha a solução desse problema: às vezes a prática da escravidão se prende ao imaginário de pessoas acorrentadas uma a uma, igual no século 19, sem simplesmente ter alguma condição de sobrevivência, os tempos mudaram e mesmo assim não deixou de existir o trabalho escravo, sendo uma rotina na vida de muitos, se estendendo muitas vezes de forma camuflada.     O trabalhador escravo, quer seja criança, jovem, adulto e até idoso, fica sujeito a condições degradantes de trabalho e de vida e não possui as garantias e direitos individuais previstos na Constituição Federal e na Declaração Universal de Direitos Humanos. Nessa situação existe uma pessoa que possui “direitos” de propriedade sobre outra e essa condição é imposta à força.        O “proprietário” geralmente cria dívidas que o trabalhador nunca consegue pagar e isso impossibilita sua saída dessa condição de “prisão”. Além disso ele sofre ameaças, não tem direito a escolhas, possui elevadas jornadas de trabalho em ambientes com péssimas condições, assim como alojamentos e comidas inadequadas, ele também pode ser vendido ou trocado por algo. Do ano de 1995 a 2010 foram resgatados 38.769 de trabalhadores em condições de trabalho degradante.       O Brasil é referência mundial em combate ao trabalho escravo, apesar disso muitos desafios ainda têm que ser superados, entre eles a baixa fiscalização existente e irregularidade da mesma. Muitos desconhecem esse problema e, como consequência, o número de denúncias é muito baixo, além disso, existe a corrupção dos fiscais por donos de médias ou grandes empresas.      É urgente que providências sejam tomadas através de campanhas educativas que esclareçam melhor a questão do trabalho escravo para a sociedade e incentivem as denúncias contra esse crime e contra as irregularidades fiscais. O Ministério do Trabalho em parceria com grandes empresas, pode fornecer curso técnicos gratuitos em regiões carentes a fim de qualificar a mão de obra e garantir oportunidades a essa população. Multas devem ser aplicadas caso os direitos trabalhistas não sejam cumpridos, dessa maneira, essa exploração poderá diminuir no nosso país e trazer dignidade a todos os trabalhadores.