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Enviada em: 25/09/2017

Quando falamos em trabalho escravo, logo imaginamos que isso é coisa do passado, mas segundo a Organização internacional do trabalho, atualmente a cerca de 21 milhões de pessoas, submetidas a condições de trabalho escravo contemporâneo no mundo todo.      As vítimas de trabalho escravo podem variar, a maioria é do sexo masculino, outra parte é do sexo feminino e ainda há as crianças – o que torna ainda pior, visto que, além de ser trabalho escravo é um trabalho escravo infantil. Boa parte dessas vítimas é levada para fazendas, muitas trabalham sem condições mínimas de segurança, sem receber salário, e ainda ficam devendo para os patrões, pois precisam de dinheiro para alimentação e outras necessidades, e esse dinheiro só é dado pelo patrão, fazendo com que aquele empregado não se torne livre. A junção dessas condições pode levar esses trabalhadores a um desgaste tanto físico quanto psicológico, pois são forçados a trabalhar em jornadas exaustivas para pagarem o que devem.     Em primeira instância, o baixo nível de escolaridade de populações carentes impede que pessoas possuidoras dessa realidade econômica adquiram trabalhos de qualidade; segundo o IBGE, a taxa de desemprego nacional chegou a 11,8%. Com isso, essa população sujeita-se a atividades mal remuneradas e cargas horárias excessivas para garantir o sustento familiar. Como também, as crianças que fazem parte dessas residências são exploradas e privadas do acesso à educação, o que torna essa situação um ciclo e impede a ascensão social dessa classe.     Ademais, o combate à escravidão na atualidade dificulta-se pela baixa fiscalização existente e irregularidade da mesma. Isso porque, a maior parte da população desconhece esse problema brasileiro e, como consequência, o número de denúncias realizadas é muito baixo. Bem como, à corrupção dos fiscais por donos de médias ou grandes empresas, o não cumprimento das leis fomenta-se.     Diante desse panorama é necessário que medidas sejam tomadas. A constituição brasileira assegura a liberdade de todo indivíduo, logo, o Estado deve garanti-la aos cidadãos, intervindo com leis mais severas que considerem crime o trabalho escravo. As mídias e ONGs devem, por meio de campanhas publicitárias, falar sobre o trabalho escravo, mostrando meios de se certificar corretamente acerca dos trabalhos oferecidos. Por fim, as escolas devem promover palestras, instruindo desde cedo para que essas crianças, futuros adultos, não virem trabalhadores escravos, pois qualquer um pode ser a próxima vítima.