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Enviada em: 19/10/2017

É absurdo que o trabalho escravo ainda não tenha sido erradicado na contemporaneidade. Infelizmente, um número considerável de pessoas é submetido a condições degradantes de trabalho no mundo hodierno, e no Brasil, essa realidade não é diferente.       O flagrante de condições análogas à escravidão dentro da cadeia produtiva da Loja Zara há alguns poucos anos atrás na cidade de São Paulo; em que costureiras bolivianas, confinadas no subsolo de um prédio, eram obrigadas a confeccionar roupas de luxo em troca de uma remuneração extremamente baixa; torna evidente que a obsessão humana por lucros cada vez maiores ultrapassa o entendimento sobre o respeito ao próximo.       Ademais, a ignorância por partes do trabalhador que convive com o subemprego e não compreende que a exploração de sua força de trabalho é crime facilita o empregador a se aproveitar da situação. Desse modo, setores de extração de minérios, construção civil e confecções têxteis costumam impor jornadas exaustivas, aprisionamento do empregador por dívidas, condições deploráveis para a realização do serviço, sem ao menos remunerar de forma correta ou prestar algum auxílio aos seus empregados. Fato que, somado a grande extensão territorial do Brasil e a dificuldade de fiscalizar tal ato criminoso, justifica a persistência dessa condição de trabalho no mundo hodierno.       Diante do que foi discutido, fica evidente que medidas devem ser tomadas o quanto antes para erradicar a problemática apresentada. Entre elas, a ação conjunta do Ministério Público do Trabalho- MPT- e das Policias Federal e Rodoviária em prol da fiscalização dos municípios por todo o país, a fim de que a legislação trabalhista seja cumprida em sua totalidade de forma efetiva. Outra proposta tão importante quanto seria o aumento das penas e das multas aplicadas àqueles que praticam tal atrocidade para com o próximo, com o intuito de impedir a incidência de novos casos; bem como a realização de campanhas por emissoras de TV aberta juntamente com o MPT, votadas para a conscientização da população sobre o assunto e o incentivo a denúncias contra tal crueldade, as quais fariam toda a diferença no combate à escravidão moderna no Brasil.