Materiais:
Enviada em: 12/10/2017

Conforme o Artigo 3 da Declaração Universal dos Direitos Humanos, ninguém será mantido em escravidão ou servidão. Estes serão proibidos em todas as suas formas. Todavia, o comportamento de inúmeros brasileiros vai de encontro aos ideais da declaração, sobretudo quando se analisa a persistência do trabalho escravo no Brasil. Nessa perspectiva, é lícito debater sobre a desigualdade social e a insuficiência de fiscalização.    De início, convém ressaltar as diferenças nas estruturas sociais. Isso porque o baixo nível de escolaridade de algumas pessoas as impede de adquirir um trabalho de qualidade ou de assegurarem seus direitos, por meio de informação e leitura eficaz de textos constitucionais. Prova desse cenário pode ser observada através de um dado do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o qual indica que a taxa de desemprego nacional chegou a 11,8%. Sendo assim, fica evidente que diversos indivíduos se sujeitam às atividades mal remuneradas e cargas horarias excessivas para garantir o sustento familiar.     Ademais, vale destacar a ineficiente fiscalização pública existente e irregularidade da mesma. Parte da população desconhece esse problema e, como consequência, o número de denúncias realizado é baixo – conforme dado do Ministério do Trabalho, apenas 31 denúncias foram realizadas no período de 8 meses -. Bem como, a corrupção dos fiscais por donos das empresas – que temem as multas -, o não cumprimento das leis segue existindo. Logo, medidas são urgentes para transcender essa questão no país.    Com a finalidade de atenuar a questão do trabalho escravo ainda existente no Estado brasileiro, a mídia juntamente com o Ministério do Trabalho tem o dever de promover campanhas educativas que incentivem a realização de denúncias contra essas irregularidades, para que a população auxilie nesse combate. Além disso, a sociedade deve demonstrar mais interesse nos cursos técnicos gratuitos que o governo oferece a fim de se qualificar e garantir oportunidades de emprego. Afinal, como ponderou o músico Criolo em uma das suas canções, “ainda há tempo”.